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Projeto vai usar blockchain para rastrear gastos públicos no Brasil

GOV Token quer usar rede do bitcoin para auxiliar na transparência e no combate à corrupção

Projeto vai usar blockchain para rastrear gastos públicos no Brasil
Fonte: Mapichai/Shutterstock/reprodução)
O que este conteúdo fez por você?
  • Segundo a empresa, a escolha da ferramenta blockchain para o funcionamento do GOV Token se deu, principalmente, por conta da sua robustez e segurança
  • Para driblar a baixa escalabilidade e o tempo de geração de novos blocos da rede Bitcoin, o GOV Token usa a Lightning Network, solução de segunda camada do blockchain do bitcoin
  • O GOV Token recebeu, em janeiro, um aporte de R$ 1,5 milhão de diversas instituições

Um projeto da Investtools, fintech especializada no desenvolvimento de softwares para o mercado financeiro, quer usar a tecnologia blockchain do bitcoin para ajudar na fiscalização e transparência de gastos públicos no Brasil.

Batizado de GOV Token, a iniciativa propõe o acompanhamento dos recursos liberados para uma agenda pública, tornando o processo transparente, imutável e auditável por pessoas ou entidades, auxiliando no combate à corrupção.

A solução se baseia na emissão de tokens atrelados ao valor do real, sem fins comerciais ou de especulação, que quando liberados por um órgão público para cumprir determinado fim, são inseridos na rede, registrando todas as movimentações financeiras – valores, origens e destinos – em uma cadeia de blocos e garantindo que a quantia em dinheiro seja direcionada exatamente para o fim ao qual estava destinada.

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Segundo a empresa, a escolha da ferramenta blockchain para o funcionamento do GOV Token se deu, principalmente, por conta da sua robustez e segurança, funcionando sem interrupção e sem nenhum ataque bem-sucedido em toda a sua história, que começou em 2009.

“Por ser o blockchain mais distribuído do mundo, o protocolo está apoiado em milhões de computadores. Isso impossibilita qualquer alteração nos dados registrados e impede o chamado ‘ataque de consenso’, o que assegura que cada token seja utilizado apenas uma vez. O GOV Token se fundamenta, então, na credibilidade de um sistema já conhecido e consolidado”, disse a Investtools à revista Exame.

“A maioria das pessoas vê o bitcoin apenas como um ativo financeiro, mas, na verdade, a rede abre inúmeras possibilidades de soluções tecnológicas por conta da sua robustez e consolidação no mercado. Nós olhamos o bitcoin para além da sua relevância como moeda e investimento, para nos apoiarmos no valor tecnológico gerado pelo seu protocolo. Espero que seja a primeira de muitas iniciativas no mercado a explorar essa capacidade do bitcoin, para expandirmos os horizontes de inovação da empresa”, explicou David Gibbin, CEO da Investtools.

Para driblar a baixa escalabilidade e o tempo de geração de novos blocos da rede Bitcoin, o GOV Token usa a Lightning Network, solução de segunda camada do blockchain do bitcoin que é o principal meio de escalabilidade do protocolo. Geralmente, a Lightning Network é usada para fins de carteira digital ou como terminal de pagamentos. No entanto, os desenvolvedores do produto da Investtools decidiram aplicá-la como meio de comunicação entre as partes, para otimizar a velocidade de registro de dados e agilizar as transações.

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“A Lightning Network funciona como um canal de comunicação das transações entre os membros da rede GOV Token e o blockchain do bitcoin; nela, é possível fazer transferências de forma instantânea, que, em seguida, são registradas no blockchain do bitcoin. Ou seja, isso resolve o problema da lentidão de processamento de transações, enquanto mantém a segurança, a imutabilidade e todos os benefícios inerentes ao design tecnológico da rede descentralizada”, explicou Marco Jardim, diretor de Tecnologia Blockchain da Investtools e líder técnico de desenvolvimento do GOV Token.

O GOV Token recebeu, em janeiro, um aporte de R$ 1,5 milhão da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e da Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (AgeRio).

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