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Criptomoedas

Após XP, PicPay também suspende operação cripto. Como ficam os clientes?

Na quarta-feira (18), a XP decretou o fim da Xtage, sua plataforma de negociação de ativos digitais

Após XP, PicPay também suspende operação cripto. Como ficam os clientes?
(Foto: Envato Elements)

O PicPay informou na noite desta sexta-feira (20) a decisão de pausar sua operação de criptomoedas diante da “indefinição regulatória do setor”. Trata-se da segunda instituição a fazer um anúncio do tipo nesta semana – na quarta-feira (18), a XP decretou o fim da Xtage, sua plataforma de negociação de ativos digitais.

A decisão do PicPay não impacta na participação da companhia nos testes do real digital do Banco Central (BC), batizado como Drex, informou a companhia, em nota. “Nada muda em relação à nossa crença na tecnologia como infraestrutura e continuamos disponíveis para atuar, junto ao Banco Central, para impulsionar e popularizar esse mercado no Brasil”, afirma o vice-presidente de produtos e Tech do PicPay, Anderson Chamon.

O executivo diz que, depois de a companhia ter testado o mercado sob a regulação atual, decidiu por retomar a atuação “quando houver mais clareza sobre o tema”. O PicPay lançou sua exchange em agosto do ano passado e chegou a ultrapassar um milhão de usuários em apenas cinco meses.

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Veja também: Quais são os perigos das memecoins? Analistas chamam de ‘capital especulativo’

Daniel Mandil, executivo responsável pela operação, também diz que se trata de uma pausa estratégica. “Apesar dos avanços regulatórios recentes, a definição do arcabouço legal até o momento está em aberto. Observamos que uma incerteza similar também acontece em outros países, que ainda buscam modelos definitivos. Esse cenário nos levou a essa decisão”, afirma.

Reportagem especial do Broadcast Investimentos mostrou que as exchanges locais e estrangeiras que atuam no Brasil estão à espera da regulação infralegal para os prestadores de serviços com ativos digitais. Segundo o PicPay, a pausa permitirá à companhia “direcionar os esforços do time para a evolução do seu ecossistema, com foco em ampliar o portfólio de produtos e serviços que facilitem a vida financeira dos usuários”.

“Criptomoedas em geral representam um porcentual pequeno da carteira de cada investidor, então há um mundo que podemos explorar com outras aplicações que complementem a experiência do app e aumentem o valor para o cliente”, diz Mandil.

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Os profissionais do PicPay que atuavam em criptomoedas serão realocados em outros projetos de investimentos da companhia, de acordo com o perfil de cada um, informa a nota.

Como ficam os clientes

A comunicação aos usuários foi feita nesta sexta-feira com os detalhes sobre os próximos passos. A partir de hoje, não será mais possível comprar tokens pelo app. Segundo a empresa, os usuários que têm saldo em criptomoedas no PicPay podem liquidar seus tokens, sem taxas, até o dia 11 de dezembro.

Aqueles que desejarem manter os ativos terão a opção de fazer a portabilidade para a Foxbit, corretora especializada em criptoativos. Para isso, basta manifestar o interesse a partir de 30 de outubro na área de cripto do app do PicPay.

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