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Apesar dos efeitos negativos causados pela pandemia de coronavírus, o setor de franquias brasileiro conseguiu encontrar boas soluções para atravessar o momento de crise. É o que mostra um estudo publicado na revista ‘Global Business and Organizational Excellence’.
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A publicação destaca as três estratégias que foram fundamentais para o bom desempenho das franchisings no início da crise: tecnologia, colaboração e flexibilidade, de acordo com o texto assinado por Vanessa Bretas, especialista em franquias, e Ilan Alon, professor da Universidade de Agder, na Noruega.
Entre as três estratégias de sucesso, Vanessa destaca que o investimento em novas as tecnologias e a digitalização dos processos facilitaram a busca de soluções. Diversas empresas tiveram que trabalhar apenas com serviços on-line, por exemplo.
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Além disso, ela ressalta que a colaboração e a flexibilidade entre todas as partes da cadeia – franqueadores, franqueados e fornecedores – precisam atuar em conjunto para criar novas alternativas para mitigar os efeitos da crise.
“A situação muda muito rápido e ninguém sabe muito bem o que esperar. É importante reavaliar as estratégias conforme o passar do tempo. Afinal, enquanto o cenário muda, as empresas têm mais informações para trabalhar em soluções”, diz a pesquisadora da Universidade de Agder e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Veja as três tendências de sucesso destacadas pelos autores para as empresas atravessarem a crise:
A primeira grande estratégia de destaque a se observar no Brasil é a aceleração da transformação digital. Franqueadores e franqueados de todos os setores de negócios aumentaram a velocidade na adoção de tecnologia para administrar os negócios. Tendências que foram vistas como experimentais antes da crise, como vendas on-line, marketing omnichannel e tecnologia móvel, por exemplo, agora se tornaram componentes essenciais para a operação de sucesso de uma empresa.
A colaboração e a comunicação se tornaram mais difundidas e os relacionamentos se tornaram mais horizontais do que verticais. Ou seja, o trabalho em equipe entre franqueador e franqueados se tornou um tema central para o setor de franquias.
Um exemplo disso é a criação de comitês de crise por redes de franquias para considerar alternativas aos desafios criados pelo surto da covid-19. Uma tendência semelhante pode ser vista dentro das empresas, com as relações entre gerentes e funcionários também se tornando mais horizontais.
A situação criada pela pandemia exige que as partes interessadas sejam mais proativas e adaptáveis. Além da necessidade de adaptar modelos de negócios, a flexibilidade é essencial nas consultas entre franqueadores e franqueados, nas negociações com fornecedores e proprietários e no diálogo com funcionários e clientes.
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“Essas três estratégias – abraçando tecnologia, colaboração e flexibilidade – são vitais para as empresas acompanharem as mudanças atuais no ambiente de negócios e para lidar com o que vier no futuro”, diz a pesquisadora.
Ainda não está claro quanto tempo durará a crise e qual será seu eventual impacto. Mas, segundo os autores, parte das empresas brasileiras já conseguiu equilibrar os pratos ao usar os pontos fortes do modelo de franquia para responder aos desafios.
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