Como abrir conta em uma corretora estrangeira?

Brasileiros que desejam investir no exterior podem fazê-lo por meio de instituições financeiras nacionais, através de ETFs, BDRs e COEs, por exemplo. Contudo, no mercado internacional as opções são mais variadas e há benefícios como diversificação da carteira, proteção do patrimônio e equilíbrio dos ganhos quando os mercados locais não vão bem.

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Para atuar no mercado externo, é necessário abrir conta em corretora estrangeira. Alguns por aqui enxergam isso como algo inacessível para investidores comuns, mas as instituições financeiras locais fazem parte de tratados internacionais para que investidores brasileiros possam acessar os mercados globais.

Cuidados ao abrir conta em corretora estrangeira

Os Estados Unidos são o maior mercado financeiro do mundo, e também o mais procurado quando se fala de investimentos no exterior. Uma vantagem é que lá não são cobradas taxas de ganho de capital em investimentos de estrangeiros não-residentes dos EUA – apenas dividendos e juros são taxados.

Antes de pensar em como abrir conta em corretora estrangeira para atuar nos EUA, é preciso saber que lá existem duas modalidades:

• Corretoras diretas: registram as ordens de negociação sem intermediários;
• Corretoras indiretas: fazem a intermediação de transações entre os clientes e uma corretora maior.

Com isso em mente, é mais simples escolher uma opção da categoria direta. Entretanto, deve-se consultar também se ela permite abertura de conta a estrangeiros não-residentes dos EUA e se negocia os ativos desejados.

O que mais preciso saber sobre abrir conta em corretora estrangeira?

É importante também verificar se a corretora está registrada na Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira, e na Financial Industry Regulatory Authority (FINRA), entidade sem fins lucrativos que se dedica a preservar a segurança dos investidores e a integridade dos mercados.

Para maior segurança, o investidor também pode checar se a instituição faz parte do Securities Investor Protection Corporation (SIPC), associação de instituições financeiras que garante aos investidores devolução de parte do dinheiro caso as corretoras quebrem – semelhante ao Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (MRP) brasileiro.

O investidor deve analisar também os custos de manter uma conta em corretora estrangeira, considerando taxa de corretagem, de manutenção da conta e para transferências, por exemplo. Geralmente, quanto maiores os valores negociados na conta, menores os custos por operação.

Passo a passo de como abrir conta em corretora estrangeira

Se você está interessado em saber como abrir conta em corretora estrangeira, basta seguir os passos abaixo:

• Abra a conta diretamente no site da corretora, cadastrando seus dados pessoais;
• Envie os documentos solicitados, como CPF, passaporte, comprovante de residência e declaração do Imposto de Renda;
• Preencha o formulário W-8 BEN, no qual o investidor comprova que não reside nos Estados Unidos.
  Tal comprovação isenta o investidor de pagar imposto de renda no país sobre o ganho de capital com as ações, por exemplo, mas os dividendos são tributados nos EUA e devem ser declarado no IR brasileiro para fins de compensação;
• O restante da tributação ocorrerá no país de residência fiscal do investidor. As próprias corretoras geram extratos para fins contábeis mensalmente. O Imposto de Renda é de 15% para ganhos de capital de até R$ 5 milhões, aumentando progressivamente e podendo chegar até 22,5% para ganhos superiores a R$ 30 milhões;
• Para finalizar o processo de como abrir conta em corretora estrangeira, transfira o dinheiro para a conta, cotando em sites especializados em transferências internacionais como Wise, Remessa Online e Western Union, por exemplo.

Após concluir todas as etapas de como abrir conta em corretora estrangeira, é só escolher em quais ativos deseja investir e acompanhar todas as movimentações.

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