O que este conteúdo fez por você?
- Média das 10 melhores taxas para financiamento do mercado está em 17,79%, o que é considerado alta para analistas
- Além das taxas de juros para financiamento estarem elevadas, instituições financeiras também estão restringindo o acesso ao crédito
- Especialistas dizem que é melhor investir o dinheiro em títulos pré-fixados para comprar carro à vista em um futuro
A dúvida entre financiar um veículo ou esperar para comprar pode assombrar muitos consumidores. Afinal, junto com o financiamento vem a temida taxa de juros sobre cada parcela. Já se o consumidor optar por esperar, pode investir o dinheiro e comprar à vista sem taxas no futuro.
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Segundo um levantamento do Banco Central, entre 17 a 25 de maio, a média das 10 melhores taxas para financiamento do mercado está em 17,79%. Para analistas ouvidos pelo E-Investidor, elas não estão atrativas.
“Essas taxas de juros ainda estão um pouco elevadas. Seria interessante termos a diminuição, para fazer com que o mercado consiga gerar mais vendas”, explica Milad Kalume Neto, diretor de desenvolvimento de negócios da Jato, consultoria automotiva.
Crédito restrito
Além das taxas de juros para financiamento estarem elevadas, Kalume Neto cita a questão da restrição de crédito. Segundo ele, por conta do aumento do preço nos carros, as instituições financeiras estão limitando o acesso ao crédito, visto que as parcelas estão maiores e o risco de inadimplência aumenta na mesma proporção.
“Os carros subiram muito de preço. Nos últimos cinco anos, o ticket médio brasileiro dobrou. Então para quem colocava seu carro usado lá, que valia R$ 50 mil, financiava R$ 20 mil para comprar um de R$ 70 mil. Na mesma lógica, financiando um carro que custa hoje R$ 140 mil, você coloca o seu usado de R$ 100 mil e precisa financiar o dobro, R$ 40 mil. Isso, hipoteticamente falando, nas mesmas condições”, afirma.
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O governo, para driblar esse aumento dos preços dos carros populares, anunciou um programa de corte de três impostos federais (PIS, Cofins e IPI) para carros de até R$ 120 mil. Com isso, o mercado pode receber nos próximos meses veículos custando menos de R$ 60 mil.
Investir para comprar à vista
Com a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75%, e as expectativas de que ela caia no próximo semestre, na visão de Ricardo Brasil, fundador da Gava Investimentos e pós-graduado em análise financeira, vale mais a pena investir e comprar à vista mais para frente.
“Se uma pessoa tiver R$ 50 mil e comprar um CDB pré-fixado em 13%, daqui há seis anos, ela consegue dobrar o dinheiro, já pagando Imposto de Renda. Então ela terá R$ 100 mil ou um pouco mais e aí poderá comprar o automóvel”, diz.
Para quem deseja menos risco, ele também cita títulos indexados a IPCA + prêmio. “Eu, particularmente, acho que a Selic está bem atrativa. O IPCA também é uma boa opção, vai render um pouco menos, mas tem menos risco”, afirma.