As emissões bancárias são títulos de renda fixa que atraem o investidor pela rentabilidade, que pode ser acima da taxa Selic, e pelo baixo risco. É o caso dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), por exemplo. No entanto, escolher qual desses investimentos vale mais a pena pode ser uma tarefa complexa.
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Apesar de estarem diminuindo a sua atratividade por causa dos cortes da Selic, esses investimentos seguem como fortes aplicações para aqueles que buscam por rendimentos seguros e a curto prazo. Os CDBs, por exemplo, funcionam como um empréstimo em que o investidor compra a “dívida” de uma instituição e, depois de determinado tempo, recebe o valor de volta acrescido dos juros, como um empréstimo.
As Letras de Crédito (LCs) funcionam da mesma maneira. O que diferencia esses dois títulos são os lastros, ou seja, como as instituições garantem que o dinheiro será retornado. No caso do CDB, você ajuda a financiar o próprio setor bancário e financeiro, enquanto um investidor que compra uma LCA coloca seu dinheiro no agronegócio.
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Vale lembrar ainda que os dois produtos são “assegurados” pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que pode devolver até R$ 250 mil ao titular do ativo caso a instituição não pagar o montante acrescido de juros no tempo estabelecido. Além disso, existem as modalidades prefixada e pós-fixada para esse investimento.
Na primeira, o interessado sabe o valor exato que vai receber no momento em que contrata o título. Já o título pós-fixado têm parte do rendimento atrelado a indicadores econômicos que podem ser o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), Índice de Preços do Consumidor (IPCA) ou a Selic. Mas, nesta comparação, qual é o melhor investimento, CDB ou LCA?
LCA é mais interessante do que o CDB?
A resposta para essa pergunta é simples: depende. A solução não é tão evidente quanto se parece. Isso porque o investimento precisa estar alinhado ao seu planejamento financeiro, que varia em cada caso.
No entanto, há pontos relevantes para se levar em consideração. A liquidez, rentabilidade, cobrança de taxas e impostos e até mesmo o prazo de vencimento do título podem fazer a diferença para você na hora de avaliar qual desses investimentos vale mais a pena.
Por exemplo, nos CDBs, a liquidez pode variar de acordo com a instituição emissora bem como ao período de carência, ou seja, o tempo em que não se pode realizar movimentações na aplicação. Já nos LCAs, a carência mínima é de 9 meses, pois o governo mudou suas regras – que anteriormente tinha uma carência de 90 dias -, bem como restringiu a quantidade de emissões desses ativos.
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Olhar para a rentabilidade bruta também não é recomendado por causa do impacto do Imposto de Renda, especialmente nos CDBs, em que a taxa de imposto diminui com o tempo. As letras de crédito, por sua vez, são isentas do imposto. Nesta matéria, você confere como o IR impacta no cálculo dos rendimentos.
O prazo de vencimento também é um fator a ser considerado separadamente, entendendo quais são os seus objetivos e se as taxas prometidas pelo título fazem sentido. É importante ainda ficar atento ao prazo nos investimentos pós-fixados, pois é necessário comparar se o indicador opera em movimento favorável a essa aplicação.
Por fim, saber como escolher entre um CDB e LCA é interessante, mas manter uma carteira de investimentos diversificada é essencial para conquistar seus objetivos listados no planejamento.