- Comprar uma ação significa se tornar sócio de uma empresa e ter direito a opinar na administração e receber lucros
- Não é possível prever com certeza a valorização ou desvalorização de uma companhia, mas análises de especialistas ajudam a indicar tendências prováveis
- Negociar na bolsa de valores oferece riscos ao investidor, mas isso pode ser reduzido por meio de estratégias como a aquisição de ações de diversas companhias
O número de investidores na Bolsa de Valores do Brasil (B3) cresceu 56% em 2021, com a entrada de 1,5 milhão de pessoas físicas no mercado de capitais. O perfil de compra de ações mudou, com valores iniciais cada vez mais baixos.
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O que são ações?
Uma ação representa o menor “pedaço” de uma empresa negociada na bolsa de valores. “Quando você compra uma ação, está virando sócio.É muito mais do que um papel”, diz Gabriel Cordeiro, assessor da PHI Investimentos.
Existem dois tipos de ações:
- Ordinária (ON): dá direito a voto nas decisões importantes da administração da empresa, por meio das assembleias de acionistas;
- Preferencial (PN): dá prioridade na distribuição de lucros da companhia, também chamados de dividendos.
Como ganhar dinheiro com ações?
A principal forma de ganhar dinheiro com ações é com a sua valorização. Uma das máximas do mercado financeiro é comprar na baixa e vender na alta, mas isso pode não ser tão simples.
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O preço de uma ação vai variar conforme oferta e demanda. Quanto mais gente querendo comprar a ação, mais seu preço subirá e vice-versa.
“Ninguém tem como saber para que lado o mercado vai, apesar de existir diversos tipos de análise”, diz Cordeiro.
A análise fundamentalista, por exemplo, avalia toda a saúde financeira da companhia e sua posição no mercado. Já a análise técnica tenta descobrir a tendência do valor de uma ação no futuro a partir do comportamento no gráfico no passado.
Os investidores adotam várias estratégias para investir no mercado de ações. As principais são:
- Day trade: compra e venda finalizadas durante o mesmo pregão, ou seja, em um único dia;
- Curto prazo: negociações realizadas em mais de um dia ou até um ano e que exigem acompanhamento constante do mercado;
- Longo prazo: investimento para quem confia no crescimento de uma empresa e não tem tempo para acompanhar todos os movimentos da bolsa;
- Dividendos: compra ações de empresas que distribuem grande parte dos lucros aos acionistas, servindo de renda corrente;
- Auguel de ações: é possível lucrar com a queda sem possuir os papéis por meio de empréstimos de ações, recomendados para quem entende melhor do mercado.
Qual é o risco de investir na bolsa?
Ao comprar ações, o investidor tem que estar ciente do risco volatilidade. O termo representa as variações, tanto positivas quanto negativas, de uma ação e pode gerar lucro ou prejuízo.
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“Para evitar o risco, é preciso diversificar os investimentos diminuindo o efeito da volatilidade de cada ação na carteira”, recomendou o assessor.
Isso significa investir em empresas de diferentes setores da economia. Caso uma ação esteja em baixa, outra pode estar em alta e o investidor pode ter um resultado positivo na média.
Além de diversificar, é necessário se preocupar em procurar ações com boa liquidez, o que significa um grande volume de negociação.
“Com muitos compradores e vendedores, o investidor pode se desfazer do papel em uma emergência por um preço justo”, afirma Cordeiro.
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Quem compra ações deve ficar atento também aos custos da negociação. Muitas corretoras cobram um valor por operação, chamada de taxa de corretagem. Além disso, nas vendas acima de R$ 20 mil por mês, é cobrada uma alíquota de 15% de Imposto de Renda (IR) sobre o lucro, enquanto no day trade, o tributo sobe para 20%.
Como começar a investir com segurança?
A pessoa deve estar consciente de quais são seus objetivos com os investimentos e nunca usar a reserva de emergência para comprar ações.
“Não corra mais risco do que o necessário para atingir as metas”, aconselhou Cordeiro, da PHI Investimentos.
O acompanhamento de um especialista de confiança é importante. Um bom lugar para os iniciantes começarem são os fundos de investimento em ações. Até mesmo com um pequeno valor, o investidor consegue diversificar a carteira, como também contar com uma gestão profissional e ativa.
