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Educação Financeira

Como planejar a festa de casamento sem dizer ‘sim’ às dívidas?

Listar gastos e negociar contratos são alguns pontos que não devem ser esquecidos durante a organização

Planeje seu casamento e não deixe que o sonho vire pesadelo (Foto: Rido81/ Envato)

A festa de casamento tem tudo para ser a realização de um sonho na vida dos noivos. Mas para que o “felizes para sempre” aconteça na nova fase, o planejamento financeiro não deve ficar de fora do grande dia. Caso contrário, a data pode marcar o início de um pesadelo para as finanças do casal.

Zorenna Dantas, sócia da Z2Eventos e Cerimonial, empresa que realiza eventos há 20 anos no Rio Grande do Norte, já viu pessoas ficarem perdidas com os gastos e contraírem dívidas devido à falta de organização. “A orientação é tentar deixar os gastos dentro do orçamento, mas acontece de a pessoa não ter condição de pagar tudo, ou ter contado com um dinheiro dos pais ou até com uma grana extra que não veio”, conta a assessora, que tem como uma das funções a de manter os noivos com os pés no chão.

Para evitar problemas como os descritos pela potiguar, a planejadora financeira Carol Stange recomenda que os noivos usem a razão na hora de organizar a celebração. “É fundamental estabelecer um orçamento claro e realista”, orienta.

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Stange sugere transparência e um diálogo aberto sobre os valores que podem ser gastos e quais serão as fontes de recursos para custear fornecedores como casa de eventos, buffet e fotografia. “Uma boa ideia é criar uma planilha de gastos para acompanhar todas as despesas”, diz.

Com o plano de gastos bem detalhado, os noivos podem agendar a data e começar a negociar contratos. Mas aí entra em jogo um segundo fator que pode contribuir com a economia do casal: o tempo.

“No mínimo oito meses de antecedência é o recomendado para organizar o casamento. Antes disso, fica mais difícil conseguir a disponibilidade de fornecedores confiáveis e até negociar descontos”, argumenta Helder Macieira, chef e sócio do Perla Macieira Buffet, na Bahia.

Como negociar os contratos e pedir descontos

O caminho inicial para deixar os preços mais atrativos é a comparação. Depois de os noivos planejarem um orçamento base e definirem a data da festa, o momento se torna oportuno para levantar os fornecedores e comparar preços. “Essa é uma prática inteligente”, frisa Stange.

“Muitas vezes, os fornecedores estão dispostos a oferecer condições melhores, especialmente se você estiver disposto a fazer um pagamento antecipado ou fechar um pacote com vários serviços”, acrescenta a planejadora financeira.

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Mesmo com os valores atraentes, a cautela é importante para evitar que os noivos caiam em golpes. Um calote vai sair mais caro do que um bom fornecedor bem pago. “Minha orientação é para os noivos não pagarem à vista, mas negociarem uma entrada de 20%, 30% no máximo, e quitarem mais próximo à data”, diz Zorenna.

Isso acontece porque nem todas as empresas do ramo trabalham com capital de giro e às vezes algumas usam a verba de um casal para pagar os custos da festa de outros noivos. Para garantir preços mais baixos, a flexibilidade pode contar pontos. Algumas casas de evento e serviços de som e luz cobram valores mais atrativos se as festas forem celebradas entre segunda e quinta-feira, por exemplo. Se for possível, aposte nos dias úteis.

“Para esses prestadores de serviço, o custo é fixo. O espaço, o equipamento já está lá independente do dia da realização do evento. Por isso é interessante para eles preencher a agenda em dias menos procurados”, afirma Macieira.

No segmento de perecíveis, como alimentos e flores, os descontos são mais difíceis de variar a depender do dia da semana. O que vai contar mais é o número de convidados ou preço da matéria prima, que sofre oscilações constantes devido à procura, a uma crise no fornecimento ou até mesmo por causa da inflação.

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