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Educação Financeira

Como investir R$ 1 mil e ter retorno?

A busca por um retorno de curto prazo envolve riscos que o investidor deve ter consciência antes de aplicar o dinheiro

Como investir R$ 1 mil e ter retorno?
“Existem duas formas de ganhar dinheiro: uma com prazo e a outra com risco”, analisa Furtado.(Fonte: Shutterstock/Reprodução)
  • O aumento da taxa Selic torna as opções de investimento de renda fixa mais atrativas.
  • Geralmente, quanto menor for o prazo da aplicação, menor será a rentabilidade.
  • Rendimentos maiores exigem um conhecimento mínimo do mercado e tolerância a riscos.

No mundo dos investimentos, não existe milagre. Se você quer descobrir como investir R$ 1 mil e ter retorno, deve estar disposto a correr mais riscos.

No entanto, com a alta da taxa básica de juros Selic, que saltou de 3,5% ao ano para 13,25% ao ano nos últimos 12 meses, as aplicações de renda fixa, mais conservadoras, passaram a oferecer melhor rentabilidade.

“É preciso se proteger contra a perda do poder de compra e aproveitar o movimento das taxas de juros altas”, recomenda Graziela Fortunato, coordenadora do Master of Business Administration (MBA) de Finanças Corporativas da Escola de Negócios (IAG) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). O investidor deve manter um equilíbrio entre aplicações de curto e longo prazos para ter uma vida financeira estável.

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Da mesma forma, é importante conseguir balancear a rentabilidade desejada com a tolerância às perdas. No curto prazo, não há muita flexibilidade.

“Para ficar tranquilo, o investidor tem que colocar o dinheiro em uma aplicação mais segura”, diz Fortunato. Se assumir um risco maior, pode perder o recurso e não ter tempo para recuperá-lo.

Confira cinco alternativas de como investir R$ 1 mil e conheça as suas vantagens e desvantagens.

1. Tesouro Direto

Investimentos atrelados à taxa Selic ajudam a manter o patrimônio dos investidores. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Os títulos da dívida pública brasileira, representados pelo Tesouro Direto, são investimentos de longo prazo. Com liquidez diária e a segurança de poder negociar os papéis no mercado secundário, o ativo se torna uma opção atrativa para investimentos de curto prazo. Ainda assim, é importante ter atenção às características do título para não perder dinheiro.

“O mais adequado para o curto prazo é a Letra Financeira do Tesouro (LFT), pois tem rendimento atrelado à taxa Selic”, observa João Furtado, assessor de investimentos. O título é tributado com Imposto de Renda (IR) regressivo e o investidor deve considerar o deságio da venda se negociar o título antes do vencimento.

2. LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos que têm rendimentos pós-fixados atrelados a um percentual da taxa do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), influenciada pela Selic. Essas aplicações contam com a segurança do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), não têm taxa de administração e são isentas de IR.

A carência mínima de LCI e LCA, por legislação, é de 90 dias. Geralmente, quanto maior é o prazo, maior é a rentabilidade oferecida. “Se o investidor sair antes do vencimento, tentando aproveitar um prazo mais curto, pode perder dinheiro”, alerta Fortunato.

3. CDB

Escolha do CDB requer pesquisa ampla entre as instituições bancárias, pois há grandes diferenças de rentabilidade. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Assim como LCI e LCA, o Certificado de Depósito Bancário (CDB) é atrelado à taxa do CDI, garantido pelo FGC e não tem taxa de administração, mas é tributado pela tabela regressiva do IR. Por isso, mesmo que aparentemente ofereça uma taxa maior que a das letras de crédito, a aplicação pode render menos.

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“Uma boa opção para o investimento de curto prazo são os CDBs de liquidez diária”, afirma Furtado. No entanto, a melhor rentabilidade é oferecida nas aplicações que contam com períodos de carência a partir de 30 dias a um ano. “Ao abrir mão de uma liquidez diária em um primeiro momento, é possível ter melhores rendimentos”, completa o especialista.

4. Fundos de investimento

Os fundos de investimento são muito variados em suas características, então é importante conhecer a composição de cada um antes de aplicar o dinheiro. “Existem opções para curto prazo, como os fundos DI que seguem a taxa de CDI”, diz Furtado. No entanto, é necessário observar a liquidez da aplicação, pois o dinheiro pode demorar para ficar disponível após o resgate.

Vale destacar que esse tipo de aplicação paga IR sobre os rendimentos e ainda cobra taxa de administração de até 2% sobre o patrimônio investido, o que certamente limita os ganhos. Ainda assim, “É possível ter um rendimento acima da taxa básica de juros, com uma liquidez muito boa”, observa Furtado.

5. Ações

“As operações de swing trade na bolsa de valores podem gerar um retorno bem maior do que a renda fixa. Porém, a compra e a venda de ações têm altos riscos”, pondera Furtado. Esse tipo de aplicação requer um conhecimento mínimo de análise gráfica e o acompanhamento do desempenho das companhias e dos cenários macroeconômico e político.

Aplicar R$ 1 mil pode ser uma oportunidade para aprender a dinâmica da valorização das empresas, caso o dinheiro não faça falta e o investidor esteja disposto a perder parte do recurso para tentar alcançar uma rentabilidade maior. “O mercado financeiro não é lugar para querer enriquecer rapidamente. Quanto mais curto for o prazo, maior será o risco”, reforça Fortunato.

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