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Educação Financeira

O que você precisa saber antes de investir no Tesouro Direto

Títulos do Tesouro Nacional oferecem boas opções de segurança e rentabilidade; veja qual é o melhor

O que você precisa saber antes de investir no Tesouro Direto
Tesouro Direto. (Foto: Adobe Stock)

Na hora de investir, o Tesouro Direto é uma boa opção para aqueles que querem segurança e rentabilidade, já que se trata de um programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3, a Bolsa de Valores brasileira. Isso significa que, ao adquirir esses títulos públicos, o investidor “empresta” dinheiro ao governo que, em troca, devolve o valor acrescido de juros.

Dentro do Tesouro Direto, há uma variedade de opções para o investidor, com rentabilidade prefixada (ou seja, definida previamente), ligada à variação da inflação ou à taxa básica de juros (Selic). Os títulos contam ainda com diversos prazos de vencimento e fluxos de remuneração, a depender das necessidades do investidor.

Vale destacar que, nos últimos meses, os títulos do Tesouro Direto atrelados à inflação saíram da casa dos 5,8% em janeiro para 6,15% na terça-feira (4) – veja aqui as expectativas do mercado para os rendimentos.

Como investir no Tesouro Direto

A escolha do investimento pode variar com o perfil do investidor. Pensando nisso, o Tesouro disponibilizou um simulador em seu site para testar qual título funciona melhor para o objetivo e o perfil de cada pessoa. O Tesouro Direto permite aplicações a partir de R$ 30,00.

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Com um título em mente, é preciso definir se prefere iniciar a aplicação pelo cadastro simplificado ou pelo fluxo tradicional. Na primeira alternativa, implementada em dezembro de 2022 com o nome de Cad&Pag, o usuário deve entrar no sistema do Tesouro a partir do login Gov.br. Depois, precisa selecionar o título para investir, enviar as informações pessoais e escolher uma das instituições parceiras – Banco InterÓrama e a Terra Investimentos, que passou a liberar a opção a partir de abril deste ano. Por fim, basta realizar o pagamento do produto, que pode ser feito via Pix, desde que a pessoa seja a titular da chave.

Se a opção do investidor for pelo fluxo tradicional, o usuário deve ter uma conta em uma corretora ou banco habilitado, que será o agente de custódia. As alternativas disponíveis podem ser verificadas nesta página. Com a conta criada, a pessoa precisa entrar em contato diretamente com a instituição financeira para solicitar o cadastro e a senha de acesso ao Tesouro Direto.

O investidor então vai receber por e-mail uma senha provisória enviada pela B3, que deve ser posteriormente alterada, contendo entre 8 e 16 dígitos, com letras, números e caracteres especiais. Com o acesso à plataforma liberado, o cliente poderá escolher o valor da aplicação e efetuar o pagamento do produto, a partir do dinheiro transferido para o agente de custódia.

Dependendo da política do banco ou da corretora, os investimentos só poderão ser feitos pelo site da própria instituição financeira, mas o acesso à área exclusiva da plataforma do Tesouro Direto sempre ficará disponível para consultas complementares.

Qual é o melhor título do Tesouro para investir

O E-Investidor conversou com analistas do mercado financeiro para saber quais títulos do Tesouro Direto estão em destaque no mercado.

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Para Alexandre Marques, gerente de produtos de renda fixa da Ágora Investimentos, o Tesouro Selic é o título mais conservador. Como o seu rendimento é atrelado à taxa Selic, essa é a opção mais indicada para a construção da reserva de emergência. Isso significa que se a Selic aumentar, o retorno do título também cresce.

“Caso o investidor tenha a necessidade de utilizar o recurso antes da data de vencimento do título, essa é a modalidade mais indicada”, diz Marques. Como o título acompanha a variação da Selic, não há impacto da marcação a mercado, o valor que o investidor receberia no dia de hoje se vendesse o título ou cota.

O título Tesouro Prefixado 2027 é outra opção dentro do Tesouro direto e ofertava até terça-feira (3) a rentabilidade de 11,21% ao ano, com vencimento em 1 de janeiro de 2027. Ou seja, esse título trava o rendimento em 11,21% ao ano até o começo de 2027. É uma forma de buscar ganho anual elevado em um período de corte de juros. “Esse é um título que dá previsibilidade e permite, no momento da aplicação, conhecer exatamente qual será a rentabilidade no período”, diz Marques.

O mesmo acontece com os títulos de inflação. O Tesouro IPCA, com previsão de vencimento em 15 de maio de 2029, tende a pagar toda a inflação do período medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais um prêmio.

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Segundo previsão da Pesquisa Focus sobre a inflação, divulgada na última segunda-feira (8), a expectativa para o IPCA em 2024 passou de 4% para 4,02%. Em 2025, foi de 3,87% para 3,88%.

Recentemente, o programa também tem lançado produtos para demandas específicas. Em janeiro de 2023, implementou o Tesouro Renda+, pensado para funcionar como um complemento à aposentadoria. Meses depois, foi criado o Tesouro Educa+, que representa uma forma de investimento para o pagamento das mensalidades de uma universidade privada.

Os especialistas se dividem sobre qual é o melhor título do momento. Para Marques, da Ágora, a escolha vai depender exclusivamente do perfil e dos objetivos do investidor.

“Os títulos prefixados e os atrelados ao IPCA, como Tesouro IPCA, Renda+ e Educa+, não são indicados caso o investidor tenha a necessidade de utilizar o recurso antes da data de vencimento. Caso seja esse o cenário, o Tesouro Selic seria a opção mais recomendada”, aponta Marques. Ainda assim, independentemente da escolha, ele reforça que o melhor momento para investir é “hoje”. “Os juros compostos farão seu trabalho ao longo do tempo e quanto antes começar, melhor”, diz;