Educação Financeira

Tudo o que você precisa saber para se organizar e tirar um ano sabático

Veja como se planejar financeiramente para conseguir tirar os planos do papel

Tudo o que você precisa saber para se organizar e tirar um ano sabático
O primeiro passo é saber calcular quanto esse ano de afastamento vai custar (Foto: Envato Elements)
  • Após as festas de fim de ano, é comum ouvir piadinhas sobre a possibilidade de esticar as férias
  • Sempre há quem queira “emendar o Carnaval com o Natal” e que tenha uma certa “dificuldade” em deixar a casa de praia e voltar para a rotina no escritório
  • Para alguns profissionais, entretanto, fazer uma pausa na carreira pode ser realmente necessário. Esse “período sabático” geralmente dura  1 ano e deve vir acompanhado de muito planejamento financeiro

Após as festas de fim de ano, é comum ouvir piadinhas sobre a possibilidade de esticar período de descanso. Sempre há o grupo que busca “emendar o Carnaval com o Natal” pela “dificuldade” em deixar a casa de praia e voltar para a rotina no escritório. Para alguns profissionais, entretanto, fazer uma pausa na carreira pode ser realmente necessário, seja por algum tipo de esgotamento físico ou mental, ou questões familiares.

Esse “período sabático” geralmente dura  1 ano e deve vir acompanhado de muito planejamento financeiro. De acordo com Carol Stange, educadora em finanças pessoais, e Luis Felipe D’Avila, supervisor de consultoria financeira da fintech Neon, há alguns passos importantes a seguir antes de efetivamente interromper as atividades.

1 – Calcule o custo dos próximos 12 meses

Em primeiro lugar, é preciso saber qual é o custo desse ano sabático no bolso. Para isso, o profissional deve saber exatamente quais são seus gastos mensais e os rendimentos necessários para não só cobrir essas despesas, mas para manter o padrão de vida e atividades de lazer.

“Com o planejamento financeiro em dia, sabemos quanto um ano custa no nosso bolso, sabemos exatamente todos os nossos gastos, hábitos e temos a disciplina de seguir à risca o que planejamos”, afirma D’Avila, da Neon.

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Stange dá exemplos da quantia necessária para tirar um ano sabático. Segundo a educadora, caso o gasto médio mensal do profissional seja de cerca de R$ 5 mil, em tese, será necessário economizar pelo menos R$ 60 mil para essa aventura (R$ 5 mil multiplicados por 12 meses).

“No entanto, se ela deseja aproveitar o ano sabático para viajar, estudar ou fazer alguma outra atividade que envolva custos extras, precisará economizar um valor maior”, afirma Stange. “Se estivermos falando de viagens durante o período, teremos gastos com deslocamento, hospedagem, alimentação e etc. Não é preciso ir longe para o montante necessário chegar a 100 mil.”

2 – Mantenha o padrão de vida

Não adianta guardar dinheiro suficiente para cobrir gastos e atividades cotidianas se o profissional aumentar o padrão de vida durante esse período. É importante ter em mente que, uma vez tomada a decisão de pausar a carreira tendo em mãos um orçamento limitado, não será possível aumentar os gastos sem procurar outra fonte de renda.

“Novos hábitos sem planejamento podem deteriorar a nossa saúde financeira e fazer com que o ano sabático se torne poucos meses sabáticos”, diz D’Avila.

Stange recomenda que o interessado em tirar um ano sabático procure cortar gastos e vender itens que estão ou ficarão ociosos durante os 12 meses de afastamento – tudo isso para tornar o orçamento um pouco mais flexível.

“Defina seus objetivos: O que você deseja fazer durante o seu ano sabático? Viajar? Estudar? Trabalhar como voluntário? Ter um tempo para descansar e refletir? Definir seus objetivos o ajudará a planejar o seu orçamento e a tomar decisões financeiras mais assertivas”, diz a especialista.

3 – Reserva de emergência é fundamental

Não confunda “reserva de emergência” com o capital necessário para manter o padrão de vida durante o ano sabático. A reserva de emergência deve ser vista como um montante extra, caso o profissional precise gastar mais do que o planejado em algum mês em função de algum imprevisto – casos de doença, falecimento de parentes e troca de algum eletrodoméstico “pifado”, por exemplo.

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“Sabendo que não teremos um ‘rendimento mensal’ que é fruto do nosso trabalho, se houver um imprevisto no meio do caminho, vai ser muito mais difícil reconstruir essa reserva. Portanto, sacrifique um pouco mais do seu orçamento para deixar a reserva de emergência um pouco mais parruda”, afirma D’Avila.

O mesmo é indicado por Stange. “É importante ter um plano B caso algo dê errado. Por exemplo, se acontecer algum imprevisto, será necessário ter dinheiro suficiente para cobrir essa despesa extra”, diz a especialista.

4 – Ano sabático com dívidas?

É possível tirar um ano sabático mesmo com algumas dívidas, desde que o interessado tenha poupado o suficiente para cobrir os débitos – ainda sim, é muito mais arriscado. Nestes casos, é indicado também uma renegociação dos valores pendentes.

“Se você tem dívidas, uma boa sugestão é começar a economizar dinheiro para amortizar ou quitar essas dívidas antes de tirar o ano sabático. Como nem sempre essa ideia é factível, é possível também pode tentar renegociar os termos das dívidas com os credores para obter melhores condições de pagamento”, diz Stange.

D’Avila, por sua vez, indica que até é possível, mas desaconselhável. “O assunto ‘educação financeira’ sempre converge para um primeiro passo, que é livrar-se das dívidas antes de ter qualquer outro objetivo”, afirma o supervisor de consultoria financeira da Neon.

“Tirar um ano sabático sem resolver seus problemas financeiros, pode culminar no cancelamento de limites de cartão de crédito, que, por sinal, é uma ótima ferramenta de controle financeiro se bem utilizado.”

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Entenda nesta reportagem como sair das dívidas.

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