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Educação Financeira

Investir x comprar imóvel: o que vale mais a pena? Tiago Reis responde sem filtro

O sócio fundador da Suno Research fala sobre a cultura dos brasileiros em relação a compra da casa própria

Investir x comprar imóvel: o que vale mais a pena? Tiago Reis responde sem filtro
Tiago Reis, fundador da Suno Research (Foto:Divulgação/Suno)
  • Tiago Reis, sócio fundador da Suno Research, consultoria de análise financeira voltada para investidores pessoa física
  • Segundo Tiago, existem culturas que têm uma penetração maior da ideia da casa própria e outras que aceitam viver de aluguel
  • A melhor decisão, para ele, é alocar a quantia que seria usada na compra de um imóvel em ativos

O convidado do quarto episódio do Carteira de Milhões é Tiago Reis, sócio fundador da Suno Research, consultoria de análise financeira voltada para investidores pessoa física. O profissional é formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas e possui certificação CNPI.

Durante a entrevista, voltada para a experiência pessoal dos convidados, Reis foi questionado sobre qual seria a melhor opção: comprar a casa dos sonhos ou investir e morar de aluguel? “Existe a resposta correta e existe a resposta que as pessoas querem ouvir”, brinca. O profissional alerta que a sua resposta é baseada no que é correto na visão dele, pois entende que quando fala sobre o assunto está quase “batendo” na religião dos brasileiros em relação a cultura da casa própria: “É algo que foi colocada na nossa cabeça e eu não entendo de onde veio”. Vale ressaltar que a Suno tem um fundo próprio que aplica em cotas de outros fundos de investimento imobiliário.

Ele começa falando que existem culturas que têm uma penetração maior da ideia da casa própria e outras que aceitam viver de aluguel. “Se pegarmos países como Alemanha e Suíça vemos que metade da população vive em imóveis alugados”, afirma. Ele conta que a população enxerga um imóvel como um produto qualquer.

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E, a fim de concretizar sua ideia, Tiago faz uma comparação: “Para consumir um copo d’água, não é necessário ser dono de uma fonte”. Em seguida, ele explica que não é preciso ser dono de um imóvel, a pessoa pode simplesmente consumir. “O consumo é uma coisa e a posse é a outra”, diz.

A melhor decisão, segundo Reis, é alocar a quantia que seria usada na compra de um imóvel em ativos. “É muito melhor pegar o dinheiro, colocar em ativos que geram renda e daí você aluga aquele mesmo imóvel que você queria comprar, e ainda sobra uma baita grana”, afirma.

Um aluguel médio em São Paulo, como aponta o sócio fundador da Suno Research, representa cerca de 4% do valor do imóvel. Como mostramos nesta reportagem, a decisão de comprar um imóvel depende de alguns fatores, como a taxa de juros praticada no momento da compra, o preço dos imóveis, o potencial de valorização e o objetivo desse investimento.

Um outro levantamento realizado pelo E-Investidor mostrou que, entre janeiro de 2018 e novembro de 2023 os aluguéis tiveram um aumento nominal de 51,41%, quase na mesma proporção dos ganhos com aplicações de renda fixa corrigidas por 100% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI, a principal referência de rentabilidade), que foram de 52,29% no período.

Em contrapartida, Reis diz que é possível encontrar fundos imobiliários no Brasil que pagam de 8% a 10% de dividend yield (DY, índice que mede a rentabilidade dos dividendos de uma empresa em relação ao preço de suas ações), ou seja, mais do que o dobro de um aluguel.

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Tiago conclui que, por mais que o imóvel não seja seu enquanto for alugado, o dinheiro continua sendo e é possível vender os ativos a qualquer momento para comprar um imóvel, caso mude de ideia. “Uma parte dos ativos são líquidos, como ações e fundos imobiliários”, finaliza.

Veja a entrevista completa:

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