A elevação dos juros encarece o financiamento da casa própria (Foto: Envato Elements)
O pagamento à vista é a recomendação quase unânime dos educadores financeiros e especialistas no momento de comprar um imóvel, carro ou outro bem de alto valor. Contudo, nem sempre isso é possível. Assim, surge a questão: financiamento ou consórcio, qual modalidade recorrer para adquirir bens deste tipo?
O financiamento é a opção mais indicada para aquisições de curto prazo. Para iniciar o processo é necessário dar um valor de entrada no bem, apresentar documentos importantes à instituição financeira que irá realizar o empréstimo e, enfim, buscar a nova compra.
Normalmente, essa modalidade de crédito permite estender as parcelas e, dessa maneira, o comprador consegue mais tempo para quitar o valor total do bem adquirido.
Outro destaque é que os financiamentos acompanham a Selic. Em um cenário de baixa na taxa básica de juros, o preço das parcelas pode ser significativamente menor, em comparação ao consórcio. Entretanto, se os juros estiverem altos, como atualmente (12,75% ao ano), as parcelas podem sair mais pesadas.
Consórcios: vantagens e desvantagens
Ao contrário do financiamento, o consórcio é a alternativa indicada para quem não tem pressa. Quem opta por ele, pode precisar contar apenas com a sorte, caso não ofereça lances. Nessa modalidade, não existe a possibilidade de saber em quanto tempo a nova compra estará em mãos.
O consórcio funciona da seguinte maneira: um grupo de pessoas paga mensalmente parcelas de algum bem, que é um objetivo em comum a todos. Todo mês uma pessoa é sorteada para receber esse bem, enquanto as outras podem antecipar a aquisição concorrendo também com lances.
Apesar de não ter juros, o consórcio conta com taxa de administração e, em caso de desistência, o consorciado não recebe o valor integral que foi investido. No entanto, para alguns especialistas, não faz sentido recorrer a consórcios, caso a pessoa seja disciplinada. Seria mais fácil juntar o dinheiro e fazer a compra por conta própria.
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Mas para aqueles que não têm tanto autocontrole quando o assunto é dinheiro, essa opção pode até ser recomendada, pois nesse contexto ele é entendido como uma dívida a ser paga.