O que este conteúdo fez por você?
- A amortização é um tema que sempre aparece quando o assunto é financiamento imobiliário
- Amortizar uma dívida adquirida para a compra de um imóvel significa antecipar as parcelas para pagar o débito de forma mais rápida. Em alguns casos, isso permite também que os juros sejam reduzidos
- Mas, para valer a pena, é preciso comparar os juros cobrados no financiamento com a remuneração de produtos de investimento
A amortização é um tema que sempre fica em evidência quando o assunto financiamento imobiliário está na mesa. Afinal, como mostramos nesta reportagem, pode ser difícil adquirir um imóvel à vista. Ainda assim, muita gente que se compromete com uma dívida de longo prazo quer encontrar uma maneira de adiantar o pagamento e antecipar o fim da obrigação financeira.
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Por definição, a amortização consiste na redução de uma dívida por meio de pagamento parcial ou gradual até que o valor seja inteiramente quitado. Quando falamos de financiamentos imobiliários, no entanto, o termo ganha um outro sentido.
Amortizar uma dívida adquirida para a compra de um imóvel significa antecipar as parcelas para pagar o débito de forma mais rápida. Em alguns casos, isso permite também que os juros sejam reduzidos – por isso a opção acaba atraindo muitos adeptos.
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A amortização é especialmente vantajosa nos financiamentos feitos pela tabela SAC, modelo de pagamento que ocorre de forma constante na qual as parcelas do contrato – compostas pelo valor principal do financiamento mais juros – vão diminuindo ao longo do tempo. Nesses casos, o devedor paga a parcela mensal atual e antecipa uma parcela futura de valor inferior – e, ao adiantar o pagamento, consegue diminuir o total da dívida principal, sobre o qual os juros são calculados.
Wanessa Guimarães, sócia da HCI Invest e planejadora financeira CFP pela Planejar, destaca que a amortização de parcelas de um financiamento imobiliário serve em casos de recebimento de recursos financeiros extras: um saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a restituição do imposto de renda ou 13.º salário, por exemplo.
Como tomar a decisão
Mas antes de antecipar as parcelas é preciso avaliar se vale mesmo a pena. “Antes de amortizar, verifique se não há penalidades contratuais e faça uma análise comparativa entre a rentabilidade do investimento que seria feito com o valor e a economia gerada pela redução dos juros”, destaca Guimarães.
A comparação entre os juros do financiamento e de um possível investimento é importante para que o devedor entenda se vale mesmo a pena optar pela amortização. Na prática, especialistas explicam que é preciso calcular se aquele valor não estaria melhor empregado em um produto de investimento. Se o rendimento da aplicação for superior ao juros cobrado, fica mais vantajoso do ponto de vista financeiro deixar o dinheiro rendendo e só realizar o pagamento no futuro.
Tudo depende do porcentual cobrado pelo financiamento, explica Andressa Bergamo, planejadora financeira e sócia-fundadora da AVG Capital. “Um exemplo: se o financiamento tem juros de 11%, e o investimento rende 13%, vale mais a pena amortizar. Se o financiamento tem juros de 4% ou 5%, é melhor investir.”
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