- A Selic é a taxa básica de juros e corresponde ao custo cobrado pelo governo para conceder empréstimos e financiamentos
- Por isso, após o primeiro corte da taxa em três anos, os investidores podem estar se perguntando se agora é bom momento para pedir empréstimos e fazer financiamentos
- De maneira geral, a recomendação para aqueles que se animaram com o início do corte de juros é para se manterem animados, mas, se possível, aguardarem pelos próximos capítulos
Depois de um ano estagnada em 13,75%, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) realizou o tão esperado corte da taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual, fazendo a taxa cair para 13,25% a.a.
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A Selic é a taxa básica de juros e corresponde ao custo cobrado pelo governo para conceder empréstimos e financiamentos. Ela é uma importante ferramenta do Banco Central usada para controlar a inflação, já que, ao subir a Selic, o acesso ao crédito fica mais difícil e o mercado é desaquecido. Ao reduzir os juros, o contrário acontece.
Por isso, após o primeiro corte da Selic em três anos, os investidores podem se perguntar se agora é um bom momento para pedir empréstimos e fazer financiamentos. Segundo especialistas consultados pelo E-Investidor, é melhor esperar.
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Explico. É verdade que o corte de juros facilita o acesso ao crédito. Esse efeito, contudo, não é imediato e segundo o planejador financeiro da Planejar, Bruno Mori, ainda estamos no início de um ciclo de corte da Selic, por isso, se for possível, é melhor esperar. “É muito provável que no final do ano ou no meio do ano que vem os juros estejam mais baixos e as condições estejam melhores que agora”, afirma Mori.
O conselho do especialista é amparado pela previsão do Boletim Focus, do Banco Central, que projeta a Selic em 12% a.a, até o fim deste ano.
Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, também acredita que é cedo demais para buscar crédito. Segundo ele, o mercado tende a absorver realmente o ciclo de corte dos juros durante esse movimento e não antes dele, por isso, é possível, inclusive, que o corte seja maior do que o esperado.
“Se pegarmos os últimos 5 ciclos de cortes da Selic, o valor precificado para esse corte foi menor do que o corte que de fato aconteceu. Hoje, acredita-se que o corte da taxa chegue a 8,5% em 2026, mas ainda tem como ficar mais barato, geralmente, a partir da metade do ciclo”, pontua.
Mas, não desanime. O início do ciclo de cortes e a sinalização de que terão cortes futuros é bastante positiva. “Essa sinalização tem potencial para trazer bons impactos para o setor imobiliário, por exemplo, ao permitir que mais famílias tenham condições de adquirir um imóvel”, destaca Larissa Gonçalves, economista do DataZAP.
Por isso, a recomendação para aqueles que se empolgaram com o início do corte de juros é para se manterem otimistas, mas, se possível, aguardarem pelos próximos capítulos para buscar pelo tão esperado crédito barato.
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