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Na próxima segunda-feira (9), será lançada a plataforma oficial do programa Desenrola Brasil. Nesta nova etapa, que vai até o final deste ano, poderão ser renegociadas dívidas negativadas bancárias e não bancárias, como contas de luz, água, educação e varejo.
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Nesta segunda fase, poderão participar as pessoas que ganham até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico).
Poderão ser renegociadas dívidas até R$ 20 mil. Em média, os descontos são de 83% do valor dos débitos, com possibilidade de chegar a 96%, principalmente em débitos relacionados a cartões de crédito.
Para conseguir essas deduções, o governo realizou um leilão que contou com a participação de 654 empresas com dívidas a receber. O resultado foi de R$ 126 bilhões em descontos ofertados – R$ 59 bilhões para dívida de até R$ 5 mil e R$ 68 bilhões para dívidas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil.
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Os grandes descontos são um dos motivos pelo qual vale a pena aproveitar oportunidades de renegociação de dívidas. Desta forma, é possível se livrar destas pendências pagando muito menos do que o valor inicialmente devido.
“Manter continuamente dívidas implica na destruição do patrimônio futuro daquela pessoa”, afirma Andressa Siqueira, planejadora financeira certificada pela Planejar. “Por isso, quanto antes conseguir se livrar de dívidas, principalmente em condições em que você paga menos juros, melhor vai ser para a construção de patrimônio.”
Poderão ser parceladas em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês, as dívidas cujo valor atualizado não ultrapasse os R$ 5 mil. Já as dívidas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil só poderão ser pagas à vista, com o desconto oferecido pelos credores.
Sempre que for possível, a melhor opção é pagar a dívida à vista e aproveitar os descontos que podem chegar a até 93% do valor. Isto porque os juros do parcelamento tendem a aumentar o valor final pago pelo consumidor.
Contudo, um juro de até 1,99% ao mês (máximo aplicado no Desenrola) é considerado baixo. “É vantajoso quando comparado às outras modalidades de crédito, como cheque especial, que pode chegar a 8% ao mês de juros”, afirma Siqueira, da Planejar.
O principal cuidado é não se comprometer com parcelas que limitem muito a capacidade orçamentária do consumidor. “Mesmo com juros mais baixos, não conseguir cumprir com esse compromisso financeiro pode resultar em maiores dificuldades de acesso ao crédito no futuro”, diz Siqueira.
Para ingressar na plataforma do Desenrola Brasil e poder renegociar as dívidas é preciso fazer antes o cadastro no site do GOV.BR em contas prata ou ouro.
O Desenrola Brasil representa uma oportunidade para os consumidores se livrarem de dívidas. Entretanto, Siqueira alerta que é preciso também ter uma reavaliação do comportamento financeiro, que levou aquela pessoa à situação de endividamento.
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“Muitas vezes ter condições melhores de negociação ou aumento de renda não resolve os problemas financeiros, porque o que falta é realmente ter o conhecimento mais adequado sobre as finanças e o perfil de gastos”, diz a planejadora.
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