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Educação Financeira

Dia dos Pais: como eles influenciam as ideias dos filhos sobre finanças

Conheça histórias de pais que definiram os rumos de seus filhos em questões econômicas e profissionais

Dia dos Pais: como eles influenciam as ideias dos filhos sobre finanças
Os pais têm tido papel fundamental na formação de educação financeira dos filhos (Foto: Envato Elements)
  • O hábito de poupar e saber lidar com dinheiro de forma responsável chega, geralmente, de forma tardia para muitos brasileiros
  • Mas há casos que essa formação financeira acontece de naturalmente a partir dos exemplos dentro de casa
  • E há pais que estão empenhados para mostrar aos filhos a importância de saber usar o dinheiro de forma consciente

Os filhos nem sempre têm a maturidade para entender o valor de bens materiais e o esforço dos pais para conquistá-los. “É só tirar dinheiro do banco” ou “é só passar no cartão de crédito” são algumas frases ditas pelas crianças. A lógica não está errada, mas, ao contrário de muitos adultos, os pequenos nem sempre entendem o contexto por trás dessas soluções.

Mas há pais que trazem a educação financeira para o dia a dia da criança. André Oliveira, de 49 anos, faz parte desse grupo. À medida que seu filho Miguel, de seis anos, cresce, o professor de matemática busca ensinar alguns conceitos de finanças pessoais, como a importância do hábito de poupar. “Ele tem um cofrinho em casa para juntar dinheiro (que ganha dos pais e familiares) e comprar algo que queira no fim do ano ou no aniversário dele”, conta Oliveira.

O professor também traz para a realidade do filho a ideia do valor dos bens materiais a partir de uma perspectiva social que vai além do quanto eles custam. Por meio dos hábitos de consumo, Oliveira mostra ao filho que o acesso a bens e serviços não é igual para todos.

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“Miguel faz curso de inglês. A gente mostra para ele que, para fazer o curso de inglês, é preciso pagar pelo material e as mensalidades. E mostramos que isso precisa ser valorizado”, exemplifica Oliveira. “Algo que pode ser muito barato para a gente ou que não tenha valor pode ter um outro valor para outra pessoa”, acrescenta.

Mas em alguns casos, os conceitos de educação financeira não são repassados de forma tão didática. Às vezes, vêm por meio dos exemplos vistos dentro de casa e que são internalizados de forma natural. Parte da formação de educação financeira de Pedro Salles, CEO da Legend Investimentos, veio desta forma. As faculdades de Administração e Economia vieram só para aperfeiçoar o que ele internalizou dentro de casa.

Quando era criança, Salles costumava acompanhar o pai, gestor de investimentos, nas reuniões de trabalho. Nestas idas até o escritório, ele teve o primeiro contato com o mundo dos investimentos. O resultado não poderia ser diferente. Além de influenciá-lo na formação sobre como lidar com o dinheiro, a experiência definiu a carreira que iria seguir.

“Alguns episódios ficaram marcados. Lembro que quando era criança meu pai me mostrou um HP12C (calculadora financeira) e disse: “é isso que você vai utilizar para fazer conta direito na sua vida”. Na adolescência, me levava para algumas reuniões só para acompanhá-lo”, relembra Salles.

Hoje, aos 31 anos de idade, Salles enxerga que a modesta participação naquelas reuniões lhe ofereceu, além da facilidade para entender os conceitos de investimentos, uma bagagem de educação financeira que repercute nos seus hábitos de consumo.

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“Às vezes, as pessoas ficam surpresas quando eu mudo o plano de streaming para uma versão mais barata por causa de uma economia de R$ 20, por exemplo. Mas eu aprendi na vida a ter controle dos meus gastos”, ressalta Salles.

Para além da educação financeira

Desde a adolescência, período em que passou a lidar mais com dinheiro, Alexandre Brito, sócio da Finacap, tem o hábito de poupar. O comportamento veio de casa, ao ver a postura mais responsável do pai com as finanças pessoais.

No entanto, a influência dele na vida de Brito não se restringe apenas no aspecto de educação financeira. A trajetória no sistema financeiro também o inspirou a seguir o mesmo caminho.

Aos 17 anos, o pai de Brito começou a trabalhar como escriturário no antigo Banco Nacional do Norte S.A, o Banorte (instituição financeira com sede na cidade de Recife, em Pernambuco). Ao longo do tempo, foi subindo de cargo até ocupar o posto de gerente de uma agência bancária em Recife, em Pernambuco. Posteriormente, tornou-se diretor financeiro de uma rede varejista.

Embora boa parte dessa trajetória profissional tenha ocorrido antes do nascimento de Brito, as experiências de seu pai serviram de inspiração para que ele seguisse no mercado financeiro. “Eu sempre admirei meu pai. Toda essa história me ajudou a ter paixão pelo mercado”, ressalta.

Mas o que ele não esperava é que a sua trajetória profissional tivesse uma ligação ainda maior com a carreira do seu pai. A Finacap, gestora de investimentos da qual Brito hoje é sócio, deu continuidade às atividades em uma das vertentes de atuação do antigo Banorte.

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“A Finacap nasceu justamente porque ex-executivos do Banorte, empresa em que meu pai trabalhou, negociaram com a empresa para dar continuidade às operações da corretora do Banorte, mas com outra patente”, explica.

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