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Educação Financeira

As mulheres conseguem retornos maiores no longo prazo, diz Órama

Sandra Blanco diz que não faz sentido ter produtos voltados especificamente para o público feminino

Por Thiago Lasco

04/11/2020 | 17:41 Atualização: 04/11/2020 | 20:10

Sandra Blanco, estrategista-chefe da Órama Investimentos (Crédito: Divulgação)
Sandra Blanco, estrategista-chefe da Órama Investimentos (Crédito: Divulgação)

Sandra Blanco fala com propriedade sobre investimentos para o público feminino. Em 2004, ela criou um dos primeiros clubes de investimentos para mulheres do Brasil, um ambiente de discussão em que as participantes decidiam em conjunto quais ações comprar ou vender, após fazer uma avaliação das empresas.

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Com mais de nove anos de carreira na Órama, onde hoje é estrategista-chefe, Sandra diz que as mulheres não precisam de produtos financeiros específicos. Mas têm características comportamentais próprias, como uma maior visão de longo prazo, que fazem seu jeito de investir ser diferente do masculino.

Ao E-Investidor, ela fala sobre educação financeira para mulheres, a chegada ainda incipiente das investidoras à Bolsa e como o mercado financeiro e as empresas estão aprendendo a ser mais receptivas à presença feminina.

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E-Investidor – Pelo prisma das finanças comportamentais, você acha que as mulheres têm características próprias que influenciam suas decisões de investimento? 

Sandra Blanco – Mulher é diferente de homem, gente, não tem como escapar disso! Mas isso não significa que devam existir produtos específicos para mulheres. Só a forma de levá-la para os investimentos é que deve ser diferente. No meu mestrado, fiz um estudo mais profundo sobre isso e trouxe dados que mostram que a mulher é mais cautelosa no primeiro momento, enquanto não conhece o terreno em que pisa. Depois que ela aprende, não tem diferença nenhuma e pode ser até mais arrojada que o homem, por outras características que possui, como uma maior visão de longo prazo.

Eu vi essa visão de longo prazo se materializando quando minha filha nasceu. Até então, eu não conseguia pensar em investimentos de dois, três anos. Quando você tem filhos, tudo fica diferente. Já o homem tem um perfil mais competidor. Ele troca dicas na mesa do bar e isso faz ele ser mais competitivo e também mudar mais de investimento. A mulher consegue retornos maiores no longo prazo porque gasta menos com taxas nessas trocas, não faz esse trading tão compulsivo. Aquele 0,5% ou 1% ao ano, no longo prazo, faz diferença.

Mas as mulheres não teriam algumas necessidades específicas que poderiam ser melhor atendidas pelo mercado, com produtos financeiros mais personalizados?

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Não. Previdência, por exemplo, é igual para todo mundo: homem e mulher precisam pensar no longo prazo. Há produtos com mais risco e menos risco, a adequação vai depender da suitability (análise do perfil de risco do investidor). Já houve tentativas de criar produtos, e eles tiveram um certo apelo no primeiro momento, mas hoje eu penso que não há essa necessidade. A grade de produtos já é ampla, para diversos perfis e bolsos.

Quando comecei a olhar o tema, há 20 anos atrás, havia esse entendimento. Mas a gente vai desconstruindo, abrindo a mente, vendo as demandas e constata que não precisa. Então esses produtos morreram. Lá fora, ainda há um ou outro fundo para mulheres, mas é muito pouco. O que existe hoje são fundos que investem em empresas comandadas por mulheres, isso dentro de um contexto de valores ESG, de diversidade.

E como a maneira de trazer a mulher para os investimentos deve ser diferente?

Existem aquelas mulheres que ainda não estão com a mente configurada para investimentos. Assim como há homens que também não têm esse mindset. A mulher pensa que realmente precisa de mais recursos para o longo prazo, porque vive mais que o homem, tem filhos e tem essa preocupação. Mas algumas não têm o tempo, o dinheiro… então é preciso colocar essas urgências na mesa dela e mostrar com o que deve se preocupar mais no futuro, fazer um pé de meia, uma reserva. Quando mulher fala para mulher, há uma atração diferente. Mas vejo muitas mulheres que gostam de falar com homens também, ter seus assessores. Não precisa ter essa diferença.

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Você criou um clube de investimentos para mulheres. Como foi essa experiência?

Sim. O meu foi o primeiro clube aberto do País, em 2004, e por isso teve repercussão. Antes dele, havia outros dois clubes para mulheres, mas eram fechados, um deles de uma corretora e outro de uma investidora que reuniu as amigas tenistas. Eu comecei o meu com três amigas, que era o mínimo para se começar um clube de investimentos, e as demais cotistas foram aparecendo com a mídia que o clube teve e as palestras que comecei a dar. Depois, vieram muitas cotistas que nem cheguei a conhecer pessoalmente. Tinha médica, decoradora, economista, gente do mercado de tecnologia, aposentada e dona de casa. Foi um grupo de estudos para mim, a matéria-prima do meu trabalho.

Elas buscavam um lugar para falar sobre os seus investimentos. Uma coisa diferente que o clube tinha é que as mulheres participavam da tomada de decisão. Fazíamos reuniões periódicas para escolher as ações, se elas continuariam na carteira, se entraria alguma nova, e as decisões eram realmente colegiadas, todas participavam. Isso era bacana, porque cumpria um papel de educação financeira.

Liquidei o clube em 2014 ou 2015 porque, depois da crise financeira de 2008, as mulheres pararam um pouco de participar. Tivemos um momento ruim, muita gente resgatou, o clube foi se reduzindo e aí eu também comecei a trabalhar na Órama. Então decidi encerrar o clube. Mas, quando ele foi montado, a ideia era que continuasse, eu gostaria de ter seguido com ele.

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Você escreveu um livro chamado Bolsa Para Mulheres. A Bolsa ainda é um terreno pouco desbravado por elas?

Os números mostram que a presença delas já aumentou um pouco. Esse livro foi escrito com base no grupo de investimentos. Nele eu explico como a gente escolhia as ações, os números que olhávamos nas empresas, é uma aula de análise de empresas. Naquela época, o número de investidoras na Bolsa vinha crescendo ano após ano.

Quando comecei, elas eram 17% e, em 2008, chegaram a 30%. Depois veio a crise, esse número caiu de novo para 17% e agora está entre 25% e 30%. As mulheres não são nem a metade dos investidores da Bolsa, mas a quantidade voltou a crescer. Não é a maior representatividade, né. Acho que o ideal seria que fosse 50%-50%, algo que refletisse a própria composição da população.

Esse momento de juros baixos, que está popularizando a renda variável, pode ajudar a trazer mais mulheres para a Bolsa, não?

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Sim. E aí eu volto a fazer o comentário: não é só o número de mulheres que é baixo, a população brasileira ainda não investe em Bolsa. Três milhões de investidores é muito pouco. Eu gostaria de ver a população investindo na B3 como um todo. Eu penso nisso há 20 anos. Isso é bom para o nosso bolso e também para a economia do País. Ao investir na Bolsa, a economia gira, as empresas contratam mais pessoas e a produção e os serviços crescem. A nossa economia depende disso também.

A B3 hoje tem menos empresas do que um único indicador dos Estados Unidos, que é o S&P 500. Temos poucas opções. Há empresas ali, o que é ótimo, mas deveríamos ter muito mais. Tudo bem que o momento é crítico, mas também é um momento de oportunidades para o Brasil.

O mercado financeiro continua sendo muito masculino, com poucas mulheres em cargos de gestão. Ainda existe um caldo cultural machista, ou isso está melhorando?

Está melhor. Vejo mulheres de várias empresas se juntando para se fortalecer, para que as suas vozes sejam ouvidas. É um mundo meio machista sim… é um mercado majoritariamente de homens, mas acho que estamos vendo mudanças acontecerem. Tem muita mulher boa nas instituições financeiras, nas fintechs que estão chegando. Eu sou uma otimista e vejo as coisas acontecendo e mudando.

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Será que eu estava no lugar certo e na hora certa para ser estrategista na Órama? Não sei dizer. Mas as coisas aconteceram e continuam acontecendo. Eu tenho uma filha nesse mercado. Ela escolheu Economia e, quando me contou que queria mercado financeiro, eu disse: “puxa, filha, é um mercado tão difícil!”. E ela respondeu: “pára com isso, mãe, que bobagem!”. Então às vezes a gente é que tem esse olhar. Essa turma nova que está vindo já está ocupando espaços. Lá na frente, não vamos mais ter esse debate. Eu não posso já mostrar para minha filha que há dificuldades. Se ela acha que não tem, ela tem que ir em frente mesmo e é isso que vai derrubar os últimos obstáculos que existem.

Essa nova geração vê tudo com outro olhar. Quando eu saio para dar palestras, os jovens vêm me dizer que estão investindo, que já têm uma preocupação com previdência. Isso é muito bacana. Por já terem nascido com muito acesso à informação, eles têm um olhar diferente para finanças e investimentos. Na minha época, isso era guardado a sete chaves, meu pai não conversava comigo sobre isso e eu não tinha onde procurar. É isso que está fazendo a diferença.

Hoje, dentro de uma análise ESG de empresas, um dos aspectos que passam a ser valorizados em termos de governança corporativa é a diversidade no conselho das companhias. O que você acha que uma presença maior de executivas mulheres pode agregar para as empresas, em termos de resultados?

Existem vários estudos sobre isso, da ONU e de consultorias internacionais, que mostram que quando há mais mulheres nas empresas, elas alcançam resultados maiores. Isso por essa questão de a gente pensar diferente e agir diferente. Ter homens e mulheres de várias raças e várias idades traz mais criatividade, novas ideias surgem. As empresas terão que tomar mais cuidado, porque serão cada vez mais cobradas por isso.

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