- ETFs são uma boa opção para quem está pensando em investir com certo risco, mas não conhece bem a bolsa de valores.
- Existem ETFs relacionados a ativos na renda variável, assim como na fixa.
- São uma ótima opção para diversificar a carteira e ampliar os rendimentos, com poucas desvantagens.
Quem está migrando de investimentos considerados mais conservadores, como a famosa poupança, e quer diversificar apostando em algo com certo risco, pode encontrar no Exchange Traded Fund (ETF) uma solução. Mas o que é o ETF e como funciona? Veja a seguir.
ETF: o que é e como funciona
Os ETFs são fundos de investimento em renda fixa ou variável — também conhecidos como fundos de índice — que funcionam como uma grande “cesta” de ações negociadas na bolsa de valores em índices como Ibovespa (IBOV). Essa prática conta com adeptos no mundo todo e caiu nas graças dos brasileiros.
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Voltando um pouco no tempo, o ETF foi criado em 1980 nos Estados Unidos e apareceu mais recentemente no Brasil, em 2004. Já existem 71 fundos só de renda variável nessa modalidade até a data desta publicação, sem contar os de renda fixa.
Uma gestora tem um ou mais ETFs disponíveis para grupos de investidores. Quando alguém quer participar de um, deve comprar uma cota e cada uma com valor diferente. Nesse caso, em vez de investir diretamente em uma ação específica, do Magazine Luiza (MGLU3) ou qualquer outra, por exemplo, o investidor conta com a mediação de uma gestora no processo.
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Quando os índices relacionados aos ETFs têm algum tipo de variação, para mais ou para menos, o investidor também é impactado. Por exemplo, um ETF associado às variações do índice Ibovespa é influenciado quando ele cair ou subir.
Um dos ETFs relacionados ao Ibovespa mais conhecidos é o BOVA11, mas há outros, como BOVV11, BOVB11 e BOVX11. Também há ETFs de renda fixa, como IMAB11 (Tesouro IPCA+), IB5M11 (IMA-B5+) e IRFM11 (títulos prefixados vinculados ao IRF-M P2). Sem contar os de small caps (SMAL11), S&P 500 (IVVB11 e SPXI11) e até criptomoedas (HASH11).
Diferença entre ETFs e fundos de ações
Quando se investe em um ETF, a gestão é passiva, ou seja, os ativos disponíveis replicam o desempenho de índices existentes. Já nos fundos de ações, a gestão é ativa: a gestora seleciona os ativos que farão parte da carteira, considerando o perfil de quem investe ou outros fatores de preferência.
Vantagens do ETF
Agora que você já sabe o que é ETF e como funciona, veja quais são as vantagens de optar por esse tipo de fundo de investimento.
1. Facilidade para investir na renda variável
Talvez essa seja a principal vantagem para investidores iniciantes com perfil conservador e que desejam ter uma postura moderada.
2. Maior rentabilidade
Dependendo da quantidade de ativos que estão na mesma “cesta” do ETF escolhido, é possível ter mais rentabilidade se comparado com investimentos em renda fixa como Tesouro Direto e Certificado de Depósito Bancário (CDB).
3. Maior diversificação
A diversificação é outra vantagem. Em vez de investir em um único ativo diretamente, é possível aplicar os recursos financeiros em vários ao mesmo tempo.
4. Investimento inicial baixo
Investir em vários ativos individualmente sai mais caro do que optar por investir em um ETF.
Desvantagens do ETF
Os “poréns” de investir em ETF são poucos, mas existem. Entenda quais são:
1. Tributação sobre o Imposto de Renda (IR)
O ETF está sujeito ao IR, cuja alíquota pode ser de até 15% sobre os lucros. Não há imposto retido na fonte nesse caso: o investidor faz o cálculo do tributo e paga um Documento de Arrecadação da Receita Federal (DARF).
2. Pagamento da taxa de administração
É preciso pagar uma taxa à gestora, mas o percentual costuma ser mais baixo do que em um fundo de ações tradicional. Também vale conferir se é cobrada a taxa de corretagem. Para começar a investir em ETF, procure uma corretora de confiança e confira as opções disponíveis.