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Gol (GOLL4): quem comprou passagem pode ficar no prejuízo?

Empresa diz que descarta demissão em massa, o que também reforça a manutenção dos embarques e desembarques

Gol (GOLL4): quem comprou passagem pode ficar no prejuízo?
Avião da Gol. (Foto: Fabio Motta/Estadão)

A Gol (GOLL4) informou na manhã desta segunda-feira (29) que encerrou dezembro com um endividamento de R$ 20,17 bilhões. Na semana passada, a companhia entrou com um pedido de reestruturação de dívida nos Estados Unidos da América (EUA) na última quinta-feira (25). A medida é chamada de “Chapter 11” e tem a equivalência de uma Recuperação Judicial (RJ) no Brasil.

Naturalmente, o consumidor que comprou a passagem aérea da empresa pode questionar como ficará sua viagem, visto que uma recuperação judicial é a última medida que a empresa toma para evitar a falência.

Em relatório publicado no dia 15 de janeiro, os analistas dos Itaú BBA, questionaram se a companhia iria conseguir colocar 20 aeronaves que estavam paradas em operação, visto que isso custaria entre US$ 200 e US$ 250 milhões e a empresa tinha um valor menor em caixa, de R$ 994 milhões.

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Após esses questionamentos, a companhia anunciou um pedido de recuperação judicial com um financiamento de US$ 950 milhões pelo mecanismo de debtor-in-possession (DIP). Esse empréstimo deve ajudar a empresa em manter todas as operações e a trazer as 20 aeronaves que estavam ociosas de volta para a operação.

O CEO da Gol, Celso Ferrer, confirmou a informação em entrevista coletiva com a imprensa e disse que a empresa deve continuar com as suas operações normalmente. “Nada do que estamos fazendo aqui terá um impacto para os clientes da empresa. A companhia continua com as suas operações normais. A entrada para o Chapter 11 é par fazer uma reestruturação do capital”, disse.

Ferrer também comentou que a empresa descarta demissões em massa, o que também reforça a manutenção dos embarques e desembarques. “Não há previsão de diminuição das operações que a Gol tem hoje. O Chapter 11 é justamente para que a gente consiga manter a frota que está em serviço. Não temos previsão de redução de pessoal, teremos uma malha aérea estável”, afirmou o CEO.

Na visão de João Lucas Tonello, analista da Benndorf Research, essa foi melhor parte da trágica notícia da recuperação judicial. “O principal era continuar operando normalmente sem que haja cancelamentos de voos e mudanças repentinas na rotina dos consumidores”, afirmou.

Sendo assim, o consumidor que comprar a passagem aérea da Gol não precisa se preocupar, visto que a empresa vai manter as suas operações normalmente, pelo menos neste primeiro momento.

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