- O assunto ganhou fôlego após uma reportagem do Fantástico, transmitida no último domingo (13), expor o conflito entre a cantora e atriz Larissa Manoela, de 22 anos, e seus pais, que desde seus 4 anos administravam os seus recursos
- O caso preocupa e traz luz para a tarefa delicada que é administrar recursos de menores sob sua responsabilidade
- Pensando nisso, o E-Investidor conversou com especialistas e separou 3 dicas para ajudar na gestão daqueles que são responsáveis pelo controle do patrimônio de menores
Misturar dinheiro com família nunca é fácil. O assunto ganhou fôlego após uma reportagem do Fantástico, transmitida no último domingo (13), expor o conflito entre a cantora e atriz Larissa Manoela, de 22 anos, e seus pais, que desde os 4 anos da artista administravam os seus recursos. Na matéria, a atriz conta que após meses de disputa pelo controle financeiro de seus ativos com o pai e a mãe, acabou abrindo mão de um patrimônio de R$ 18 milhões.
O caso ilustra a delicada tarefa de administrar recursos de menores sob responsabilidade dos pais. Trata-se de uma relação complexa que mistura trabalho com emoções e que pode causar estragos financeiros e emocionais. Pensando nisso, o E-Investidor conversou com especialistas e elencou três dicas para ajudar na gestão daqueles que são responsáveis pelo controle do patrimônio de menores.
1. Comunicação é chave
Esse tema foi unânime entre os entrevistados. A base para a construção de uma relação saudável entre menores profissionais e os responsáveis pela administração do patrimônio está no diálogo. Mesmo antes do jovem completar a maioridade, segundo Wanessa Guimarães, sócia da HCI Invest e Planejadora Financeira pela Planejar, é importante incluí-lo na conversa e nas tomadas de decisão. “Essa é uma forma de promover a educação financeira e contribuir para que, aos poucos, ele se torne independente”, pontua.
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Além disso, segundo a planejadora, informar o jovem sobre o patrimônio é fundamental. “O patrimônio é do menor, o pai e a mãe só estão administrando esses recursos, mas a renda é desse menor e isso deve ser respeitado”, pontua.
2. Dê o exemplo
O aprendizado não acontece apenas pela comunicação. Parte da educação que os filhos ou tutelados recebem ocorre por meio da observação dos gestos e de ações dos cuidadores e, no âmbito financeiro, o mesmo ocorre.
Para Marcos Piellusch, professor da FIA Business School, o exemplo é a melhor forma de contribuir com a educação financeira dos filhos. “Ao mostrar disciplina, controle dos gastos e consumo consciente os filhos serão criados com o costume de praticar esses hábitos”.
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Uma das formas de colocar isso em prática, segundo Taís Magalhães, planejadora financeira CFP da SuperRico, consiste em guardar parte dos ativos de olho no futuro. “Colocar parte desses recursos administrados na previdência privada, fazendo uma poupança para o filho, por exemplo, pode ser uma forma de fazer isso”.
3. Chame alguém de fora
Além do diálogo entre as partes, é aconselhável buscar terceiros, de fora da família, e usar ferramentas de gestão para auxiliar no processo. “Contratar uma auditoria externa, criar um fundo exclusivo, acionar profissionais de contabilidade são alguns instrumentos para construir uma gestão financeira mais transparente”, explica Gilvan Bueno, sócio e gerente educacional da Órama Investimentos.