O que este conteúdo fez por você?
- A compra da casa própria é um dos principais objetivos que investidores brasileiros têm em mente quando vão ao mercado de capitais atrás de produtos de investimento
- Um levantamento feito utilizando o Simulador de Investimentos do E-Investidor mostra que seriam necessários aportes mensais elevados para comprar um imóvel em uma janela de 5 anos e de 10 anos
- Simulação leva em conta diferentes taxas de retorno e preços de imóveis; confira
A compra da casa própria está entre os principais objetivos dos investidores brasileiros quando vão ao mercado de capitais atrás de produtos de investimento. Uma pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostra que essa é a prioridade de 29,7% de quem investe no País. Mas bancar esse sonho não consiste em tarefa fácil para a grande maioria.
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Um levantamento com o Simulador de Investimentos do E-Investidor mostra que seriam necessários aportes mensais elevados para comprar um imóvel em uma janela de cinco anos. A ferramenta calcula quanto é necessário economizar por mês para atingir os seus objetivos, seja o primeiro milhão, uma viagem, troca de carro, festa de casamento ou a casa própria.
A simulação levou em conta alguns cenários: imóveis no valor de R$ 400 mil, R$ 600 mil e R$ 900 mil, com dois horizontes de prazo, de 5 anos e 10 anos; e 3 rendimentos médios anuais, de 6%, 8% e 10% ao ano.
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Se o investidor fosse contar com a poupança, por exemplo, cujo rendimento atual está em 6,17% ao ano, seriam necessários investir cerca de R$ 5,7 mil por mês para conseguir comprar um imóvel de R$ 400 mil em 10 anos. Em um ativo com rentabilidade mais elevada, como os títulos do Tesouro Direto, é possível diminuir o valor dos aportes. Uma aplicação no Tesouro Prefixado 2026 está rendendo 10,26% ao ano – nesse caso, seria necessário investir R$ 5,2 mil para comprar o mesmo imóvel em igual intervalo de tempo.
Vale a pena comprar à vista?
A simulação mostra que para adquirir o imóvel em um prazo inferior a dez anos será preciso desembolsar mensalmente altos valores. Como mostramos nesta reportagem, para quem ainda não tem o dinheiro o financiamento imobiliário se torna um caminho viável – com a vantagem de já poder morar na casa ou apartamento à medida em que faz o pagamento.
Wanessa Guimarães, sócia da HCI Invest e planejadora financeira CFP pela Planejar, explica que não existe fórmula, tudo vai depender da situação financeira do investidor e das opções disponíveis. “Pagar à vista oferece a vantagem de evitar juros e obter possíveis descontos na negociação. No entanto, nem sempre se torna viável ter o valor total disponível de imediato”, afirma. “Nesses casos, financiar uma parte do valor pode ser uma opção mais acessível, mas é importante avaliar os custos totais do financiamento, incluindo juros e taxas.”
Mesmo para quem já tem o dinheiro, há de se pensar se o pagamento à vista é mesmo a melhor opção. Especialmente em momentos como o atual, em que a taxa de juros está elevada, é possível conseguir retornos maiores com grau de risco relativamente baixo em títulos do Tesouro Direto, por exemplo. Isso faz com que o custo de oportunidade para desembolsar o montante total do imóvel seja maior.
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“Para aqueles que possuem o capital integral para compra à vista, pode ser uma boa alternativa financiar o imóvel e investir o recurso em um ativo de renda fixa prefixada, com a taxa de juros superior ao financiamento”, diz Guimarães.
Nesta reportagem, mostramos qual é a melhor opção de crédito imobiliário dentre as cinco oferecidas por bancos brasileiros.