- Márcio Kroehn, editor-chefe do E-Investidor, analisa o momento atual de incerteza no mercado
- Se na crise de 2008 o problema era a falta de liquidez financeira, o inimigo agora é invisível
- Informação é a melhor maneira não só de proteger a saúde, como também seus investimentos
Sou do tempo da crise de 2008
Em setembro, uma semana depois do derretimento dos mercados globais em razão da crise dos bancos americanos, estava circulando pela bolsa de Nova York.
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Ouvi alguns operadores que, desolados, não sabiam qual seria o tamanho do estrago. Os efeitos para as economias ainda eram incertos, mas todos tinham convicção que os investidores seriam atingidos.
Não deu outra. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou aquele ano com queda de 41,2%, a maior em 36 anos.
Pandemia do coronavírus
Mas qual é a diferença para a crise provocada pelo coronavírus? Há 12 anos, o problema estava ligado à liquidez financeira. Agora, o inimigo é invisível.
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A pandemia tende a fazer um estrago muito maior, afinal, busca-se todos os cuidados para reduzir o contágio em massa. O momento é delicado para a economia porque a prioridade é a saúde de todos nós. Assim, tudo para – e é melhor que seja assim mesmo. O mundo terá de lidar com uma provável recessão, além da depressão provocada pelo período de isolamento.
Economia atual em crise
Para o seu bolso, os problemas são ainda maiores. A taxa Selic entrou em 2009 a 13,75% ao ano. Era uma remuneração bastante generosa que minimizava os estragos de quem tinha um pé na renda variável e outro na renda fixa. Desta vez, o juro básico da economia brasileira está em 3,75% ao ano. O retorno real é irrisório; quando não, negativo. Para onde correr?
É neste momento que todos precisam de informação. Não qualquer uma digitada nos buscadores da internet, mas sim aquela com a credibilidade de uma marca como a do Estadão.
Essa confiabilidade é o alicerce do E-Investidor, o portal de conteúdo de finanças pessoais e investimentos que estreia num momento de extrema turbulência, talvez a mais difícil para o investidor brasileiro.
O que esperar do E-Investidor
Para entender os fatos, trazer análises de especialistas e, também, encontrar as oportunidades, formamos uma equipe de jornalistas altamente qualificada, com a curiosidade aguçada para encontrar o que o público quer e precisa.
O E-Investidor é multiplataforma. O site é o ponto central da distribuição de conteúdo. Mas estaremos disponíveis em diversos formatos e canais. Semanalmente no impresso, diariamente na rádio Eldorado e em todas as redes sociais. Você nos encontra no Instagram, no LinkedIn, no Twitter, no Facebook e no YouTube, além de podcasts – inclusive já pode nos seguir em todas elas.
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No início de 2020, alguns analistas estavam otimistas e projetavam um Ibovespa aos 140 mil pontos no fim do ano. O ganho seria de 18%. Agora, para alcançar a previsão, o indicador precisaria dobrar. Mas o desastre atual não estava no radar, naquele momento. Para os novatos na bolsa, que no último ano fizeram o mercado brasileiro mais que dobrar, para 2 milhões de pessoas, a situação gera pânico momentâneo.
Olhar a carteira de investimentos com a cor predominantemente vermelha é desesperador. Para entender, refletir e agir, é natural que o interesse das pessoas pela informação cresça ainda mais neste momento. O E-Investidor vem para ocupar esse espaço.
Mas nada será como antes porque a saída não está mais na renda fixa, achatada com um juro básico de 3,75% ao ano. A história registra que em 2009, após a grave crise do mercado financeiro, a Bovespa subiu 82,6%. É impossível afirmar que vai acontecer o mesmo desta vez, mas nossa jornada é longa e estaremos atentos para informar você.