O Pix se tornou uma das modalidades de transferência mais populares do País. No entanto, os golpes e fraudes nas transações bancárias via Pix também se tornaram preocupações entre os clientes de instituições financeiras. Como parte das chaves Pix é um número de telefone celular, não é difícil para o golpista conseguir um número telefônico e fraudar uma transferência.
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No golpe do Pix, explicado detalhadamente nesta matéria, os fraudadores fazem uma transferência para a conta da potencial vítima. Logo em seguida à transferência, eles entram em contato pelo número de telefone, seja ligação ou mensagem de WhatsApp, por exemplo, tentando convencer a vítima de que fez a transferência por engano e usa técnicas de persuasão para que o suposto beneficiado devolva o dinheiro.
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O valor realmente está na conta bancária, mas a partir do momento em que a vítima se convence e decide fazer um Pix para a conta indicada como forma de devolver o dinheiro, ela caiu no golpe. O prejuízo acontece porque, em paralelo ao trabalho de convencer a vítima, o golpista se utiliza de um mecanismo criado para facilitar as devoluções em caso de fraudes.
Os criminosos acionam o procedimento, alegando que foram enganados pela vítima e transação alegada é analisada. No entanto, quando os bancos envolvidos nas transferências percebem que a vítima verdadeira recebeu o valor e logo em seguida transferiu para uma terceira conta, entendem essa triangulação como típica de um golpe.
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Por fim, a pessoa enganada vê seu dinheiro do saldo sendo retirado à força e o golpista, por sua vez, que já tinha recebido o dinheiro de volta voluntariamente, consegue mais uma devolução, em prejuízo da vítima.
Suspeita de golpe do Pix: o que fazer?
Ao orientar o procedimento que deve ser seguido em caso de receber um Pix por engano, o Banco Central (BC) orienta que há um “botão de devolver”. Para encontrá-lo, basta acessar a transação que você quer devolver no aplicativo do seu banco e efetuar a devolução.
Vale lembrar que esse botão é diferente de fazer outra transferência. É um procedimento que, acionado pelo cliente do banco, estorna o valor recebido para a conta que realmente originou o Pix inicial. Esse procedimento desconfigura uma tentativa de fraude e não seria considerado irregular, caso o golpista acione o mecanismo de devolução.
Além disso, a partir desta sexta-feira (1º), entram em vigor diversas mudanças que ajudam a minimizar as tentativas de golpes e fraudes do Pix, estabelecidas em julho pelo BC. Você confere todas as novidades nesta reportagem.
Dicas de segurança para o Pix
O Pix possui alguns recursos de segurança. Para evitar contratempos e prejuízos, é importante se atentar para algumas medidas de cuidado, sugeridas pela B3:
- Desconfie se o banco ou outra instituição financeira pedir sua senha, pois uma única chave Pix é o bastante para realizar a transação;
- Confira se o pagamento caiu na hora. Se o valor não chegou após poucos segundos na conta em que deveria cair, pode ter algo errado;
- Desconfie de cobranças de taxas em pagamentos via Pix para pessoas físicas, pois elas são isentas.
Além das recomendações acima, é importante estar atento também à segurança digital dos smartphones. Confia algumas dicas:
- Ter o número de série do celular (IMEI) anotado fora do dispositivo. Em caso de roubo, é possível solicitar à operadora o bloqueio do celular informando o IMEI;
- Proteger o celular ativando os códigos PIN e PUK. Há configurações de bloqueio do dispositivo quando o PIN é digitado erroneamente três vezes. Para o desbloqueio, é preciso outro código, o PUK;
- Se há mais de um aplicativo de banco instalado no celular, é aconselhado o registro de senhas diferentes para cada um;
- Nunca armazene no celular fotos ou anotações contendo documentos, senhas e dados de cartões.
Lembre-se ainda que bancos não pedem informações sobre contas, senhas ou chaves Pix por meio de ligações ou mensagens. Na dúvida, entre em contato com o seu banco por meio de um canal oficial e seguro. Assim, o correntista dimini as chances de golpes e fraudes nas transações bancárias via Pix.