Fácil de ser encontrado em bancos e corretoras, o Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um dos títulos de renda fixa identificados como investimento para o perfil conservador. Não é raro que ele seja indicado para quem está começando a investir, visto que a alta previsibilidade do retorno tende a trazer maior sensação de segurança ao investidor.
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A finalidade desse produto, assim como a maioria das rendas fixas, é a captação de recursos por parte da instituição que o emite. Em troca do depósito, o banco ou corretora oferece ao investidor uma certa remuneração adicional (juros) ao término do contrato firmado. Cada instituição tem a prerrogativa de oferecer suas próprias taxas e condições. Por isso, vale pesquisar e consultar profissionais de finanças antes de fazer qualquer negócio.
O investidor que se interesse por CBDs também precisa considerar as modalidades que o ativo oferece. Ainda que sejam classificados como renda fixa, há no mercado opções pré-fixadas, pós-fixadas e híbridas, isto é, que combinam as características dos dois primeiros tipos citados.
CDB prefixado
A taxa de juros é definida antes da aquisição do título. Isso significa que o investidor pode calcular a remuneração exata a receber no vencimento do papel. Essa é uma das características que confere ao ativo a sensação de segurança. A título de exemplo: um CDB prefixado em 5% ao ano renderá R$ 50 sobre o valor de R$ 1 mil investidos, ao término do prazo.
CDB pós-fixado
Esse tipo de CBD costuma estar atrelado ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), taxa de juros praticada nos empréstimos entre bancos, que costuma ser próxima à taxa básica de juros, a Selic. No entanto, pode estar vinculado a outras taxas de juros do mercado. Isso faz dele um investimento sujeito a variações.
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Mesmo assim é possível sugerir uma estimativa do rendimento: via de regra, ao indicar retorno de 100% do CDI, a instituição oferece rentabilidade atrelada à taxa Selic (10,75% ao ano, no momento). Em tempos de taxa de juros elevada, o CBD se torna mais atraente.
CDB híbrido
Combina as duas modalidade anteriores. Uma parte do rendimento é atrelada a um indexador, como a taxa Selic. Outra parte fica atrelada a uma taxa pré-fixa. Assim, é garantida alguma estabilidade ao investidor, sem rechaçar a possibilidade de auferir ganhos maiores com a variação da taxa de juros pós-fixada.
Apesar de ser um produto de renda fixa, os CDBs oferecem ao investidor retornos mais vantajosos que os da poupança, ainda que esta seja a aplicação mais popular entre os brasileiros, segundo dados do Raio X do Investidor, da Anbima.
Mas atenção: caso o investidor aplique o dinheiro em CDB e decida retira-lo em menos de 30 dias, será cobrado IOF relativo ao valor. A taxa pode chegar a 96% para um dia de aplicação. Por isso, manter o dinheiro investido até a date do vencimento é a melhor escolha.