O Brasil tem se destacado na América Latina por estar em um estágio de crescente inclusão financeira. É o que indica um estudo realizado entre o Nubank e a Mastercard, a partir de dados de 3,6 milhões de clientes que usaram a fintech como banco principal e abriram contas entre 2019 e 2021.
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A análise também levou em consideração informações obtidas em grupos de discussão, pesquisas e entrevistas realizadas com 2 mil consumidores do mercado brasileiro.
De acordo com o levantamento, há 70% de penetração de cartões no País — classificação que indica o volume de cidadãos que possuem cartão, seja de débito ou de crédito. Diferentes fatores contribuem para esse cenário: desde a alta urbanização do Brasil até um número crescente de fintechs e bancos que criam um ambiente de pagamentos competitivo.
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O desenvolvimento de ferramentas como o Pix, um serviço de pagamento instantâneo criado e administrado pelo Banco Central, também colaborou para o crescimento da inclusão financeira no País, assim como o avanço do número de players do mercado que oferecem produtos, recursos ou serviços financeiros básicos por um valor mais acessível.
No entanto, apesar do maior acesso às contas financeiras, muitos brasileiros ainda carecem de educação financeira para progredir na jornada de inclusão. Segundo a pesquisa, 38% dos participantes afirmaram não se sentir financeiramente seguros atualmente.
Mais do que a falta de acesso, é a falta de confiança que representa a principal barreira para a utilização de soluções financeiras como poupanças, investimentos e produtos de empréstimo.
Como mudar esse cenário?
A utilização ativa dos diferentes serviços pode aumentar a familiaridade e a confiança dos clientes, levando a uma inclusão financeira acelerada. O estudo sugere que efetuar pagamentos com cartões pré-pagos pode ser um trampolim para o acesso a produtos financeiros avançados. Mais de três quartos das pessoas com um cartão desse tipo o utilizaram como seu primeiro produto financeiro, sendo que 67% passaram a ter acesso a produtos de crédito e 36% progrediram para realizar investimentos.
Nesse sentido, Cristina Junqueira, cofundadora e Diretora de Crescimento do Nubank, destaca como a fintech tem procurado aprimorar a educação financeira de seus clientes. “Embora o acesso aos serviços financeiros por si só tenha tido um grande impacto, avançar na jornada de alfabetização nestes temas traz benefícios maiores e mais sustentáveis não apenas para os indivíduos, mas para a comunidade como um todo”.
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Para, Marcelo Tangioni, presidente da divisão Brasil da Mastercard, a jornada para a segurança e saúde financeira não é linear e está cheia de obstáculos. “A única maneira de acelerar essa jornada é compreender as barreiras e depois construir e implementar soluções digitais inclusivas”, ressalta. “Por meio deste estudo, temos evidências claras de que o uso frequente, consistente e responsável de ferramentas de pagamento digital é fundamental para construir confiança e colocar as pessoas no caminho de uma saúde financeira mais sustentável.”