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Educação Financeira

É possível driblar a alta do plano de saúde? Especialistas respondem

Orçamento dos idosos tende a sofrer mais com o reajuste de 8,7%. Confira o que fazer para pagar menos

É possível driblar a alta do plano de saúde? Especialistas respondem
Planos de saúde podem sofrer aumento. (Foto: Envato Elements)
  • Planos de saúde individuais podem aumentar em média 8,7%, segundo projeções do setor. Economista afirma que idosos tendem a sofrer mais com a alta
  • Rever a cobertura da apólice pode ajudar a economizar, diz associação. Troca de cobertura nacional por regional pode reduzir o custo do plano

Para quem ainda não fez o planejamento financeiro de 2024, melhor começar logo. Esse é o momento de colocar as receitas e as despesas da família no papel, sem esquecer dos aumentos previstos para gastos básicos – um deles, o plano de saúde. As apólices individuais devem sofrer um reajuste acima da inflação, de em média 8,7%, segundo projeções do Citi e da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge).

A expectativa está dentro do teto de 9,63% anunciado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado. O prazo máximo para aplicação do reajuste de planos individuais e coletivos vai até abril deste ano, mas o aumento somente pode ocorrer no mês de aniversário do contrato, isto é, quando o plano foi iniciado.

A inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por sua vez, acumulou alta de 4,62% em 2023. Para 2024, a projeção, segundo o Boletim Focus, indica inflação em 3,90% ao fim do ano. Isso significa que mesmo quem recebeu um aumento salarial baseado na inflação ainda teria um aumento real de quase 5% nos planos de saúde individuais.

“Para a maioria dos trabalhadores, o reajuste do contrato de trabalho se dará pelo IPCA, que é uma média e que pode ou não refletir o aumento dos custos do orçamento. O reajuste dos preços dos planos de saúde impactará muito mais os idosos e as famílias que são responsáveis pelas despesas deles”, avalia a economista Paula Sauer, coordenadora do Laboratório de Finanças Pessoais da ESPM.

Autônomos, estudantes e aposentados

Esse aumento é relativo aos planos contratados diretamente pelos segurados. É o caso de brasileiros que não possuem planos de saúde por parte da empresa, como profissionais autônomos, estudantes e aposentados. Para Marcos Novais, superintendente executivo da Abramge, caso o valor do plano fique acima da capacidade de pagamento do usuário, o ideal é reavaliar a cobertura contratada.

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“Muitas pessoas têm, às vezes, um plano de saúde com cobertura para o Brasil inteiro, mas pouco saem da cidade em que vivem. Então, será que precisariam ter um plano nacional, não poderiam ter um plano com cobertura municipal ou para um grupo de municípios? Os valores mudam consideravelmente”, aponta Novais.

Outros fatores que podem ajudar a reduzir o custo do plano são a coparticipação e a opção por enfermaria em vez de quarto individual. No primeiro caso, o usuário pagará por uma parte dos procedimentos que realizar. E no segundo, ficará em um quarto coletivo em caso de internação.

“Lembrando que para procedimentos como cirurgia ou uma internação a coparticipação tem um valor fixo, em vez de porcentual, porque a intenção não é restringir o acesso de forma alguma, mas trazer as pessoas para participarem mais do plano”, explica o porta-voz da Abramge.

Uma última dica

Por fim, Novais acrescenta que é preciso avaliar a rede credenciada de hospitais e clínicas, que também pode pesar no custo final da apólice. O usuário deve observar se o plano escolhido atende às suas necessidades e se oferece opções próximas à sua casa, por exemplo, mas deve também checar se é possível optar por uma rede mais acessível. “Dependendo da rede, os preços do plano são diferentes, porque o preço da rede utilizada também é diferente”, afirma.

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