Alguns investimentos de renda fixa, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), são interessantes no que diz respeito à isenção de impostos e baixo risco. No entanto, a sua liquidez baixa e, por vezes, o período de carência podem não contribuir na escolha desses títulos.
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A carência de um investimento é o tempo que a instituição emissora do ativo estipula para que não haja movimentações financeiras. Ou seja, os investidores não podem vender a LCI de volta ao banco e também é impedido de resgatar o montante aplicado. Assim, até mesmo os títulos que estão se desvalorizando ficam sem a opção de resgate.
No caso das LCIs, o governo determinou que o período mínimo – que anteriormente era de 90 dias – deve ser de 12 meses, quando for estabelecido. Vale lembrar que, nesses produtos de crédito imobiliário, o investidor “empresta” um certo valor para a instituição financeira emissora e, após o vencimento, esse montante é devolvido com o acréscimo de juros. Já a instituição usa o dinheiro para financiar o mercado de imóveis.
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Mesmo com um tempo longo sem realizar movimentações no ativo, ainda é possível negociar as letras no mercado secundário durante esse tempo. Dessa forma, os investidores negociam e transferem entre si os valores mobiliários emitidos pelas companhias.
É importante destacar que nesse mercado ocorre apenas a transferência de propriedade e de recursos entre investidores, sem participação da companhia emissora. Portanto, o mercado secundário oferece liquidez aos títulos emitidos no mercado primário.
No entanto, diferente de ativos da renda variável, aquele que deseja negociar LCIs para fugir do período de carência precisa contar com a ajuda de um assessor de investimentos ou um banco para intermediar a transação, pois somente esses profissionais podem acessar as plataformas onde se encontram os produtos de renda fixa disponíveis.