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- De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), mais da metade dos brasileiros não possuem investimentos relacionados a um fundo de emergência
- Embora o investimento mais popular entre as pessoas não habituadas com o mercado financeiro ainda seja a poupança, ela está distante de ser o ideal
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), mais da metade dos brasileiros não têm investimentos relacionados a um fundo de emergência. Não é difícil entender, portanto, por que tantas pessoas estão endividadas.
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A boa notícia é que, com um pouco de conhecimento sobre o assunto e algumas medidas simples, todos podem iniciar essa reserva e investir sua renda em bons ativos, que vão unir o melhor da poupança (liquidez imediata) e dos investimentos do mercado (boa rentabilidade).
Ficou interessado? Então conheça mais sobre o assunto e veja cinco formas de aplicar sua renda em um fundo de emergência!
Fundo de emergência: o que é e quanto poupar
Como o próprio termo diz, fundo de emergência é um investimento cujo capital deverá estar acessível em casos de emergências inesperadas, como despesas médicas ou perda de emprego.
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Qual o valor ideal a ser reservado no fundo de emergência? Não há um consenso sobre isso. Mas os especialistas costumam falar de três a seis vezes seu custo de vida mensal. Os mais conservadores falam em até 12 meses, caso você consiga se organizar para isso.
Assim, o primeiro passo é somar suas despesas fixas (moradia, alimentação, transporte e outras), para conhecer o montante gasto. Então, se os gastos girarem em torno de R$ 7 mil ao mês, é importante ter de R$ 21 mil a R$ 42 mil em ativos de fácil resgate.
Embora o investimento mais popular entre as pessoas não habituadas com o mercado financeiro ainda seja a poupança, ela está distante de ser o ideal. Seu rendimento é baixo, além de ser mensal e não diário.
5 opções de investimento para fundo de emergência
1. Contas digitais com remuneração pelo CDI
Uma ótima opção para iniciar seu fundo de emergência são as contas em bancos digitais. Queridinhos do público jovem, essas fintechs costumam não cobrar taxas e contam com investimentos que seguem o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
Em geral, pagam de 100% a 150% do valor do índice. Vale prestar atenção ao Imposto de Renda, que incide de forma regressiva sobre essas aplicações.
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Mas o que é CDI? Bom, funciona assim: por determinação do Banco Central, nenhum banco pode terminar o dia com caixa negativo. Assim, ao fim do seu expediente, a instituição que estiver no vermelho deve fazer um empréstimo com um dos seus pares. As taxas desses empréstimos formam o CDI, índice que serve como base para investimentos de renda fixa.
2. CDB
Pegar dinheiro emprestado com o banco costuma implicar em uma boa taxa de juros. Mas que tal emprestar dinheiro a ele? Essa é a ideia do CDB (Certificado de Depósito Bancário).
Esse tipo de investimento também é útil para criar seu fundo de emergência. Ele apresenta três modalidades:
- Pré-fixado: nessa modalidade, como o próprio nome já diz, os rendimentos são fixos. Ao contratá-lo, você já saberá o valor a resgatar no futuro. Como a liquidez é diária, em qualquer emergência terá acesso ao seu dinheiro;
- Pós-fixado: esse investimento acompanha os rendimentos do CDI. Então, quanto mais altos os juros, maior a rentabilidade;
- Híbrido: é a junção dos dois anteriores. Parte dos rendimentos é negociada no ato da aplicação do capital e outra depende dos índices da economia, como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação.
Nos três casos acima, há cobrança de Imposto de Renda sobre o lucro e, caso resgate o valor antes de completar 30 dias de investimento, também haverá a incidência de IOF.
Mas o CDB tem uma vantagem: é protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Assim, se a instituição financeira falir, você terá a garantia de ser ressarcido em até R$ 250 mil por aplicações que tenha efetuado.
3. Fundos DI
Conhecidos como investimentos mais conservadores, os Fundos de Renda Fixa Referenciados DI também têm liquidez diária. Compostos de títulos privados e públicos, seu rendimento é ajustado à Taxa Selic ou ao CDI. Portanto, ele é pós-fixado. No entanto, essa opção não tem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
4. LCI e LCA
As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos privados, emitidos por instituições financeiras. Suas taxas e prazos são conhecidos já no momento da aquisição. Além da proteção do FGC, o investimento é isento de Imposto de Renda. Elas podem ser pré ou pós-fixadas.
5. Títulos do Tesouro Direto
O governo federal tem basicamente duas formas de receita: impostos e títulos públicos. Neste último caso, o governo vende papéis que funcionam como empréstimos ao Estado. Assim, você financia o poder público e tem direito a receber o valor com juros na data do vencimento do título.
Existem algumas modalidades de títulos:
- Prefixado: a taxa de juros é pré-determinada e já é possível saber quanto o investimento renderá se for mantido até o prazo final. Caso seja vendido antes, está sujeito às oscilações do mercado;
- Pós-fixado (pela SELIC, IPCA ou outro índice): nesse caso, o rendimento pode acompanhar a Selic ou o IPCA. No caso do último índice, os títulos também têm uma parte de seu rendimento pré-fixado, uma opção para quem quer se proteger da inflação.
Como a liquidez desses papéis é grande, as operações de compra e venda são ágeis. Em caso de emergência, o Tesouro comprará seus títulos e transferirá o valor em um dia.
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Mas é importante ficar atento ao fato de que, ao resgatar o ativo antes do vencimento, pode-se ter prejuízo.
Além disso, há a incidência de Imposto de Renda sobre os lucros desse tipo de operação. Ele é cobrado no momento do resgate.
Agora que já teve contato com algumas formas de investimentos, é hora de iniciar sua reserva para o fundo de emergência!