- Caixa anunciou consulta do valor do saque emergencial do FGTS e valor será liberado a partir do dia 29 de junho
- Segundo especialistas, decisão de sacar o dinheiro ou não varia de acordo com momento de vida da pessoa
- Se por um lado o dinheiro pode salvar em alguma emergência, por outro também renderá mais que a poupança com a Selic em baixa caso o trabalhador não opte pela retirada
A Caixa Econômica Federal anunciou no sábado (13) a abertura das consultas de valor e da data do saque emergencial do FGTS, de até R$ 1.045 por trabalhador. A quantia pode ser acessada através do site do banco.
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As liberações emergenciais começarão no dia 29 de junho por meio da Conta Poupança Social Digital, aberta automaticamente pela Caixa em nome dos trabalhadores. Já o saque ou transferência estarão disponíveis a partir de 25 de julho.
Quem não desejar receber o valor deve informar sua decisão à Caixa pelo menos dez dias antes da data de crédito prevista. O valor ficará disponível até o dia 30 de novembro e, se ele não for utilizado até a data, retorna ao fundo. (Veja o calendário no final da matéria)
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O saque emergencial é uma ação do governo para combater a crise econômica causada pela pandemia de covid-19, que afetou a renda de diversos brasileiros. A medida abrange tanto as contas ativas como as inativas.
Mas, afinal, vale a pena ter aceso ao FGTS agora? Se por um lado o dinheiro pode salvar em alguma emergência, por outro também renderá mais que a poupança com a Selic em baixa caso o trabalhador não opte pela retirada.
O E-Investidor conversou com especialistas para entender caso a caso. “Sacar o dinheiro ou não depende da atual situação da pessoa”, afirma Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educação Financeira (ABEFIN).
Por que sacar?
Segundo os entrevistados, o benefício deve ser utilizado em duas ocasiões: quando a pessoa tem um objetivo definido para este dinheiro ou teve sua renda diminuída pela crise. “Quem teve sua renda afetada deve sacar para começar a construir uma reserva para ter tranquilidade”, afirma Domingos.
Já Renan Pieri, doutor e mestre em economia pela FGV EESP, explica que o dinheiro do FGTS fica congelado e não pode ser acessado a qualquer momento. Então, mesmo que a pessoa não esteja precisando de renda, mas tenha um objetivo do que fazer com ele, ela deve sacar para não faltar dinheiro quando for necessário. “Não é toda hora que a pessoa pode tirar esse valor do FGTS.”
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Domingos ainda alerta que, caso o saque seja feito, o dinheiro deve ser destinado à reserva de emergência pessoal. “Ele é para uma reserva estratégica para ela ser usada na oportunidade ou na necessidade”, explica o presidente da Abefin.
Por que não sacar?
Depois que o FGTS começou a render mais que a poupança, após a nova política de distribuição de lucro adotada pelo governo e da Selic no menor patamar da história, 3% a.a, os especialistas afirmam que ele está mais interessante. “Esse dinheiro está bem aplicado e protegido, pois ninguém pode acessar em uma decisão judicial”, conta Domingos.
Atualmente, o FGTS tem um rendimento garantido de 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR). Já a poupança rende 2,1% a.a e terá rentabilidade ainda menor com o novo corte previsto para a Selic na próxima reunião do Copom.
Assim, eles ressaltam que o FGTS é atualmente uma forma segura de deixar seu dinheiro aplicado sem correr riscos, podendo ser utilizado em outro momento. “Há um risco muito grande aplicando este dinheiro no mercado de ações devido a grande volatilidade atual”, diz Pieri.
Calendário saque emergencial do FGTS
Mês de nascimento | Crédito na conta poupança social digital | Saque ou transferência |
Janeiro | 29 de junho | 25 de julho |
Fevereiro | 6 de julho | 8 de agosto |
Março | 13 de julho | 22 de agosto |
Abril | 20 de julho | 5 de setembro |
Maio | 27 de julho | 19 de setembro |
Junho | 3 de agosto | 3 de outubro |
Julho | 10 de agosto | 17 de outubro |
Agosto | 24 de agosto | 17 de outubro |
Setembro | 31 de agosto | 31 de outubro |
Outubro | 8 de setembro | 31 de outubro |
Novembro | 14 de setembro | 14 de novembro |
Dezembro | 21 de setembro | 14 de novembro |
Fonte: Caixa Econômica Federal