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Tudo sobre o golpe que desviou R$ 1 bilhão de 30 mil investidores

Sob promessa de rendimentos vultosos, criminosos usavam plataforma falsa para enganar vítimas

Tudo sobre o golpe que desviou R$ 1 bilhão de 30 mil investidores
Foto: Shutterstock/Reprodução

Desde a semana passada, um caso envolvendo uma plataforma falsa de investimentos vem movimentando a Polícia Civil na região Sul do País.

Deflagrada pela Polícia Civil na última quarta-feira (12), a Operação Trapaça investiga um grupo de criminosos responsável por enganar 30 mil investidores e somar cerca de R$ 1 bilhão em prejuízos para as vítimas. Veja como se proteger de golpes semelhantes.

Sob a promessa de retornos vultosos, investidores eram induzidos a participar da plataforma digital “Genesis.vet”, uma alusão à Genesis Investimentos, que nada tem a ver com o caso. Várias pessoas procuraram a Polícia Civil para denunciar o método praticado pelos golpistas.

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A fraude tinha início com o download de um aplicativo da suposta plataforma de investimentos. Em seguida, a vítima era levada a fornecer dados pessoais por meio de um cadastro.

A partir daí, ela era direcionada a grupos de Whatsapp, onde recebia orientações de investimentos e era pressionada a fazer aplicações. Os golpistas alegavam deter “informações privilegiadas” e pediam celeridade nos depósitos.

O golpe se consumava com a transferência de valores das vítimas, por meio de Pix e boletos gerados pelos fraudadores. As quantias eram depositadas nas contas dos criminosos. Também há indícios de que alguns dos endereços utilizados pelos golpistas estariam situados fora do País.

A polícia ainda afirma que os fraudadores não tinham qualquer conhecimento ou formação técnica em finanças. No entanto, passavam-se por investidores de sucesso e apelavam para jargões do mercado financeiro nos vídeos que compartilhavam com as vítimas a fim de enganá-las. Em alguns casos, exibiam carros de luxo e bens.

Muito maior do que se pensava

Na semana passada, a estimativa dos valores e de pessoas lesadas era inferior aos números que se têm hoje: as quatro mil vítimas, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, subiram para 30 mil. E os prejuízos iniciais, estimados em R$ 20 milhões, foram para nada menos do que R$ 1 bilhão.

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O delegado Heleno dos Santos, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da cidade de São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, informou que os 11 investigados teriam criado 28 grupos de Whatsapp, e cada um contaria com mais de mil integrantes.

A polícia apreendeu cerca de R$ 1 bilhão obtido com os golpes em contas no exterior. Ainda não é possível estimar quanto os golpistas têm em contas nacionais, tendo em visto o prazo pedido pelas instituições financeiras do Brasil para que prestem as informações. “É um esquema gigantesco”, admite Santos.

Por lei, o delegado conta com o prazo de 10 dias para encerrar a investigação. A partir daí, há o encaminhamento do inquérito e os pedidos de prisão preventiva dos envolvidos, que devem ser acusados pelos crimes contra a economia popular, estelionato e associação criminosa. Nove dos 11 suspeitos foram apreendidos. Outros dois seguem foragidos.

Uma segunda investigação ainda pode ser reaberta. Nela, a polícia pode apurar o crime de lavagem de dinheiro, além da existência de organização criminosa e a participação de mais pessoas no golpe.

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