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- Segundo especialistas, o dólar pode fechar em R$ 5,45 até o final do ano
- Para as corretoras financeiras, a projeção mínima é de R$ 4,70 em um cenário otimista e de R$ 5,45 em um cenário pessimista
Roberta Picinin, especial para o E-Investidor – Na primeira semana de agosto, o dólar continuou em patamar elevado, aos R$ 5,27. Sem perspectiva de queda no curto prazo, a moeda pode fechar em R$ 5,45 até o final do ano, segundo especialistas ouvidos pelo E-Investidor.
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As mudanças econômicas globais, como o ajuste das políticas monetárias dos EUA, que pretendem elevar os juros para as importações, bem como as eleições presidenciais de outubro, são fatores determinantes para a oscilação do dólar frente ao real.
“A polarização política no país gera incertezas tanto para o brasileiro, quanto para o estrangeiro, que pensa em investir aqui. Há uma desilusão precoce na política fiscal e de teto de gastos”, diz João Felipe Dias, especialista de câmbio da SVN.
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Apesar das projeções de máximas em R$5,45 para o fim deste ano, Dias afirma também a possibilidade de que o aperto monetário seja cessado por parte do Banco Central do Brasil até o fim de 2022. Para ele, o dólar pode chegar ao valor de R$ 5,10. Confira também as projeções de 4 casas de investimentos
“Uma sugestão é de que os investidores e empresas que estão expostos à variação cambial busquem formas de se proteger contra fortes oscilações, que devem marcar ainda mais o mercado deste ano”, complementa.
De acordo com Victor Candido, economista-chefe da RPS Capital, as discussões sobre contas públicas devem aumentar, assim como as preocupações de outros países com o cenário interno brasileiro. Candido afirma que o dólar poderia estar por volta de R$5, entretanto, com as mudanças políticas no país o câmbio deve ficar em torno de R$ 5,20.
“Apesar de ser definida no final do ano, a eleição se prolonga mais adiante até a definição sobre o cenário de ajuste fiscal e contas públicas de quem quer que seja eleito”, diz.
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A validação do senado para a PEC dos Benefícios, entre os meses de junho e julho, foi uma das propostas políticas que interferiram no câmbio neste ano. Naquele momento, o dólar subiu 1,19% em 5 de julho, cotado a R$ 5,38.
“A preocupação fiscal é sempre um ponto no Brasil. E ainda mais em ano eleitoral quando não se tem acesso ao programa de governo, ao plano econômico dos principais candidatos, aos estudos. Essa falta de respaldo no cenário é o que traz um pouco de incerteza”, afirma Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos.
Segundo a economista, o dólar deve se manter na casa de R$ 5,25 a R$ 5,45 até o fim do ano, em função da turbulência no cenário interno. Contudo, no cenário internacional os juros seguem subindo e isso também influencia para a valorização do dólar no mercado cambial.
“Após o período de eleições, provavelmente já teremos um direcionamento na economia para os próximos anos, com uma valorização do real”, diz Matheus Pizzani, economista da CM Capital, que projeta uma alta do dólar para R$ 5,45 até o período eleitoral, e queda para R$ 5,15 após o pleito.
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