- Mais especificamente, o Itaú Unibanco explica que os investidores devem olhar para títulos prefixados de prazos entre três e cinco anos. No caso dos indexados à inflação, vale buscar os que têm vencimentos acima de cinco anos
- A área de estratégia para investimentos do Itaú Unibanco avalia que a nova alta da Selic “não deve ter impacto relevante” para a Bolsa brasileira
Bruna Camargo – A nova alta da Selic e a perspectiva de que os juros devem seguir em dois dígitos por mais algum tempo mostra que a renda fixa segue com boas oportunidades para os investidores, segundo o Itaú Unibanco.
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Em análise, a área de estratégia para investimentos do banco destaca ser o momento de aumentar a exposição nos títulos pós-fixados – no caso dos conservadores – e prefixados e atrelados à inflação – no caso de moderados e arrojados.
Para o Itaú Unibanco, a decisão anunciada na quarta-feira (4) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) já era amplamente esperada e, agora, “o mais importante é ter em mente que a expectativa para a evolução da Selic nos próximos três anos é conservadora”. “Os preços dos ativos de renda fixa embutem uma redução da Selic em 2023 e 2024 ainda no patamar de dois dígitos”, explica análise divulgada na quinta-feira (5).
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Assim, o Itaú Unibanco sugere aumento de exposição à renda fixa conforme o perfil do investidor. “Recomendamos que investidores com perfil conservador incrementem a parcela alocada em títulos pós-fixados, indexados ao CDI, enquanto investidores moderados e arrojados adicionem gradualmente a suas carteiras mais títulos prefixados ou indexados à inflação (preferencialmente com vencimentos médios e longos), sempre alinhados aos seus respectivos perfis de risco”, descreve.
Mais especificamente, o Itaú Unibanco explica que os investidores devem olhar para títulos prefixados de prazos entre três e cinco anos. No caso dos indexados à inflação, vale buscar os que têm vencimentos acima de cinco anos.
Renda variável
A área de estratégia para investimentos do Itaú Unibanco avalia que a nova alta da Selic “não deve ter impacto relevante” para a Bolsa brasileira. “De forma geral, o processo de aperto monetário em curso diminui a atratividade relativa das ações comparada a ativos de renda fixa. Entretanto, o comprometimento do Banco Central em trazer a inflação para a meta diminui a pressão de alta dos juros futuros, que tem maior influência sobre o valor das ações”, justifica.
Como a alta de juros traz mais suporte ao real, pois contribui para manter um diferencial entre juros interno e externos elevados, o banco ainda destaca que a expectativa é que os investidores estrangeiros tenham “maior conforto” para alocar em ativos brasileiros.