- Um grupo de detentores de títulos de dívida (debêntures) da Americanas aprovou a criação de uma comitê para representar todos estes investidores e negociar no processo de recuperação judicial da rede de varejo
- A estimativa é que a Americanas tenha cerca de R$ 5 bilhões de dívida com investidores por conta de emissões de debêntures
Um grupo de detentores de títulos de dívida (debêntures) da Americanas aprovou a criação de uma comitê para representar todos estes investidores e negociar no processo de recuperação judicial da rede de varejo. Fazem parte sete gestoras, incluindo XP, SPX e Icatu Vanguarda.
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Debenturistas que representam 77% desses papéis em circulação, considerando a 17ª emissão, votaram a favor da criação do comitê e ainda da contratação do escritório de advocacia E. Munhoz como assessor jurídico do grupo, segundo a ata de uma assembleia realizada na última segunda-feira (6).
O escritório pertence ao advogado Eduardo Munhoz, especialista em reestruturação de empresas, mercado de capitais e falências, além de ser professor da faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
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A BB Gestão de Recursos optou por se autorrepresentar nas discussões da recuperação judicial, na medida em que fundos sob sua gestão possuem debêntures da Americanas. Já o Santander foi contra a criação do comitê, de acordo com a ata.
A primeira assembleia dos detentores de debêntures foi esta de segunda-feira (6), em papéis que possuem a Oliveira Trust como agente fiduciário. Há uma nova reunião para esta sexta-feira (10), de papéis referentes a 14ª e da 15ª emissões, e que têm a Pentágono como agente fiduciário.
A estimativa é que a Americanas tenha cerca de R$ 5 bilhões de dívida com investidores por conta de emissões de debêntures.
Na segunda-feira, os investidores queriam discutir sobre a possibilidade de não declarar o vencimento antecipado das debêntures da Americanas. Mas o assunto acabou nem sendo discutido, pois há uma cláusula nos papéis que mostra que se a empresa emissora entrar em recuperação judicial, o vencimento antecipado é automático.
No exterior, os detentores de títulos internacionais (bonds) da Americanas se articulam com o grupo de investidores brasileiros em busca de uma representação maior nas decisões do processo de recuperação judicial. Os investidores no exterior têm cerca de R$ 5,5 bilhões em papéis da Americanas.
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Junto com os debenturistas, conseguiriam formar um grupo forte de credores, cuja dívida é menor apenas que a dos bancos.