Investimentos

Apesar da crise, fundos estruturados mostram boa movimentação em abril

Segmento de fundos ilíquidos possui R$ 602 bilhões em patrimônio líquido

Apesar da crise, fundos estruturados mostram boa movimentação em abril
As penny stocks são negociadas na B3 a menos de R$ 1,00. Foto: Pixabay
  • Carteiras estruturadas respondem por 11,5% de participação no total de recursos administrados pela indústria de fundos
  • Setor de tecnologia atraiu interesse de venture capital, seed money e capital anjo
  • Fusões e aquisições na área de saúde mostra atratividade por hospitais e laboratórios

Mesmo em um momento de forte contração da atividade econômica por causa da pandemia da covid-19, a administradora de fundos BRL DTVM informou ao Broadcast que conquistou novos clientes em março e abril.

Segundo dados do ranking de administradores de fundos de investimentos da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a BRL registrou captação líquida de R$ 3,077 bilhões no primeiro trimestre de 2020.

Ao todo, de acordo com os dados da Anbima, a BRL administra R$ 91,613 bilhões em fundos de investimentos. “Tivemos entrada de clientes novos em março e também em abril”, confirma Danilo Barbieri, sócio-diretor da BRL Trust, em entrevista exclusiva ao Broadcast.

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Ele contou que essa movimentação positiva nos últimos dois meses se deu no segmento de fundos ilíquidos, principalmente em fundos de investimentos em participações (FIPs). “São carteiras de participação em empresas dos setores de tecnologia, onde fundos de venture capital, seed money (capital semente) e capital anjo estão cada vez mais presentes nesse veículo (FIP), e também tivemos movimentação na área de saúde, com a consolidação (M&A) do setor em hospitais e laboratórios”, diz.

No segmento de fundos ilíquidos, ou seja, de restrição de prazo para venda das cotas, a BRL administrava R$ 60,721 bilhões em FIPs, R$ 13,647 bilhões em fundos de investimentos imobiliários (FIIs) e R$ 8,83 bilhões em fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDCs).

A BRL também atua no segmento de fundos de investimentos tradicionais, com a administração de R$ 6,643 bilhões em multimercados, R$ 914,2 milhões em renda fixa e R$ 857,5 milhões em carteiras de ações.

“O segmento de fundos ilíquidos estava crescendo a um ritmo de dois dígitos por ano até fevereiro. Mesmo com a atual crise, ainda acredito vai ter crescimento nesse ano. Quando voltarmos ao normal (pós-pandemia) há ofertas para fundos (FIPs e FIIs) serem listados na bolsa de valores (B3)”, afirma. Ao todo, pelos dados da Anbima de 27 de abril último, o segmento de fundos ilíquidos ou estruturados possui R$ 602 bilhões em patrimônio líquido, com 11,5% de participação no total de recursos administrados pela indústria de fundos.

Questionado sobre o segmento de FIDCs e a negociação envolvendo o Senado Federal e a Câmara dos Deputados para permitir que o Banco Central possa comprar títulos privados e direitos creditórios, Barbieri respondeu que essa autorização ao BC dependerá de uma solução política entre as duas casas do parlamento brasileiro. “Mas será uma decisão muito acertada se o BC tiver autorização para comprar títulos e recebíveis de crédito. Nos Estados Unidos está funcionando muito bem essa medida e o dinheiro consegue chegar na ponta para as empresas”, diz.

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