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Fora do eixo Rio-SP, Araújo Fontes Investimentos lança fundo quantitativo

AF Invest, gestora boutique, detém R$ 2,8 bilhões sob gestão e planeja expansão

Fora do eixo Rio-SP, Araújo Fontes Investimentos lança fundo quantitativo
valdo Fontes, sócio-fundador do grupo Araújo Fontes
  • A Araújo Fontes Investimentos foi fundada há 30 anos e seus principais mercados estão localizados em Minas Gerais e Goiás
  • A boutique de investimentos está lançando seu primeiro fundo quantitativo, o Aconcágua, parte de uma estratégia de diversificação de portfólios
  • A taxa de administração do Aconcágua é 2%, com taxa de performance de 20% e aplicação inicial de R$5000

O investidor pode até se assustar, mas há muita vida fora do eixo Rio-São Paulo. Fundada há 30 anos, a Araújo Fontes Investimentos atende clientes do ‘middle market’, companhias de médio porte de gestão familiar, e consolidou seu nome nos estados de Minas Gerais e Goiás.

A boutique de investimentos atua em várias frentes, como fusões e aquisições (M&A), câmbio, imobiliário, seguros e gestão de patrimônio. Inclusive, mesmo na crise, a casa tem atualmente cerca de 30 operações de M&A em andamento nos setores de alimentos, tecnologia, mineração e saúde. “Vimos que as empresas de outros estados careciam desse atendimento financeiro e entramos nesse espaço”, diz Evaldo Fontes, sócio-fundador da Araújo Fontes.

Na quarta-feira (12), o grupo dará mais um passo em direção à ampliação de portfólio: o lançamento do primeiro fundo quantitativo da AF Invest, braço financeiro da boutique, que tem hoje 2,8 bilhões sob custódia. O Aconcágua, como é chamado o novo produto, possui gestão automatizada e operará com derivativos, índices e ações.

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Na prática, a estratégia é utilizar algoritmos para identificar padrões de comportamento e assimetrias no mercado. Normalmente, esse tipo de aplicação ganha em períodos de alta volatilidade na Bolsa. A taxa de administração do Aconcágua é de 2%, com taxa de performance de 20% e aplicação inicial de R$ 5.000.

O novo fundo faz parte do plano da casa de acompanhar as novas tendências de mercado após os cortes na Selic, que minaram a rentabilidade da renda fixa – segmento em que a Araújo Fontes é forte e possui dois fundos de investimento. “Com a queda nas taxas de juros, o portfólio tem que ser ampliado”, diz Fontes.

Na última semana, a AF Invest também lançou um fundo de crédito privado no exterior, cujo primeiro aporte realizado teve o valor de R$ 15 milhões. “Não existe mais a facilidade de ficar em renda fixa e ter rendimentos excepcionais, temos que acompanhar o mercado”, diz Fontes. O AF Global Bonds, destinado ao investidor qualificado, possui taxa de administração de 0,5%, taxa de performance de 20% sobre o que ultrapassar o CDI e aplicação mínima de R$ 5 mil.

Além da diversificação de fundos, a Araújo Fontes quer ampliar os negócios no segmento de Wealth Management. “Queremos atender a vida financeira completa e fazer todo o acompanhamento do patrimônio das famílias que são nossos clientes”, afirma Tales Fontes, sócio da gestora AF Invest.

Tales e Evaldo também têm planos ambiciosos para expandir os serviços. “O objetivo é oferecer alguns produtos estruturais de crédito, em vez de fazer só assessoria em captação de crédito.”

30 anos longe da Faria Lima

Em 1990, o grupo Araújo Fontes nascia em Belo Horizonte, inicialmente concentrado em operações de M&A (fusões e aquisições). A medida que as empresas atendidas cresciam – e as necessidades financeiras delas aumentavam por conta desse crescimento – a boutique foi ampliando o portfólio de atuação.

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O fundador da casa explica que foi um processo natural de evolução nos serviços prestados, já que as companhias vendidas nos processos de M&A geravam capital. Logo, os donos dessas empresas passaram a precisar de assessoria para gerir esses recursos extras. “Então começamos a fazer a gestão dessa liquidez ”, diz Fontes. “Há 12 anos montamos a parte da asset (gestora) e agora também temos um fundo imobiliário em São Paulo.”

O executivo também conta que, quando a Araújo Fontes iniciou, o mercado de capitais estava bem longe de ser acessível a instituições fora de São Paulo e do Rio de Janeiro. “Hoje nós fazemos operações tanto de dívida, quanto de equity, que eram inimagináveis para quem estava fora dessas capitais nos anos 2000, por exemplo”, declara o fundador. “Informação tem poder, e nós brincamos que a informação chegou no interior.”

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