Os analistas Otavio Tanganelli e Gustavo Schroden veem potencial risco de queda no volume financeiro médio diário no mercado de ações (ADTV) da B3, considerando que a velocidade de rotatividade da B3 está atualmente acima da média de seus pares, agora se posicionando como um dos níveis mais altos entre as bolsas globais.
Além disso, afirmam em relatório, os volumes de varejo vêm desacelerando, provavelmente impactados pelo aumento das taxas de juros, que podem continuar sob pressão com taxas de juros de dois dígitos no Brasil.
“Como análise de sensibilidade, para cada 10% de queda no ADTV, teríamos um impacto de 3% no resultado da B3, indicando que aí pode ser necessário um cenário muito severo para vermos uma queda muito pronunciada no lucro líquido em 2022”, calculam.
Apesar dos riscos de resultados de curto prazo, o valuation impede o banco de ter uma visão mais negativa da B3, tendo em vista o desconto de 40% para pares globais e a atraente dividendo de 7%.
“Mantemos nossa visão otimista de longo prazo sobre o nome e nossa recomendação outperform, embora ainda mantemos nossa preferência pelo XP entre o segmento de atendimento financeiro”, afirmam os analistas.