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- Alta da Selic tem atraído investidores para renda fixa
- Tesouro Direto traz mais segurança de investimento do que CDB
Roberta Picinin – Com a renda fixa mais atrativa após uma nova alta na taxa Selic, de 13,25% para 13,75%, a renda fixa tem se tornado alvo para investidores. Segundo Christopher Galvão, analista de renda fixa da Nord Research, em live com o E-Investidor nesta quarta-feira (10), o fim do ciclo de alta da Selic está mais próximo, mas ainda deve haver algumas altas que devem levar os juros para acima dos 14%.
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Em recomendação, Galvão afirma que é interessante deixar parte dos investimentos em Tesouro pós-fixado e outra parte em CDBs de bancos confiáveis, a depender de quanto o investidor pretende arriscar. “É importante as pessoas olharem nas corretoras não só o CDB que tem a maior taxa, mas entender a relação de risco e retorno para investir”, alerta.
As empresas privadas devem oferecer o CDB com alta taxa de juros para uma melhor remuneração, já que o risco dos títulos privados para o investidor é maior. “O que vai diferenciar o Tesouro Direto dos CDBs são os riscos. Financiar o governo é mais seguro do que financiar uma empresa ou um banco na nossa economia”, afirma Galvão.
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Para o especialista, quando uma empresa oferece um CDB a menos de 100% do CDI, não faz sentido que o investidor coloque seu dinheiro ali. “Nesses casos é melhor colocar o dinheiro no Tesouro Selic rendendo 100%.”
Para quem busca guardar um dinheiro de emergência, o mais indicado é o tesouro selic, tanto por sua segurança quanto pela liquidez, sem a marcação que existe em investimentos pré-fixados, podendo assim, usar o pós-fixado, onde o investidor resgata o valor no momento que precisa.
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“Os pós-fixados são uma boa opção justamente pela selic estar nesses patamares e poder ficar por um período maior de tempo. Estar pré-fixado ou indexado à inflação é mais complicado e mais arriscado, além do efeito de marcação do mercado, que é a atualização da precificação dos investimentos.”
Galvão comenta também que esse é um bom momento e uma porta de entrada para quem nunca investiu e busca segurança, liquidez e a não volatilidade do mercado perante ao tesouro pós-fixado. Uma dica do especialista para quem ainda não investe é começar justamente pelo tesouro selic até que o investidor entenda se seu perfil é mais conservador, moderado ou agressivo.
Investimentos com isenção no IR
“As Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) são algumas opções de investimentos com isenção no imposto de renda (IR). O que vai diferenciar uma da outra são os tipos de lastros, mas para o investidor isso não faz diferença”, comenta.
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Isentos, esses títulos são uma boa opção para quem busca não pagar impostos após a declaração do IR. Além disso, estes muitas vezes podem render mais que os CDBs, entretanto, é preciso calcular os custos de rendimento e também da isenção entre os títulos.
Galvão sinaliza também a possibilidade do investimento em CRIs e CRAs, que também contam com o risco de empresas ou bancos, mas que podem gerar bons rendimentos com isenção de impostos.
Investimentos de médio a longo prazo
Especialista aponta que pode ser interessante fazer investimentos pré-fixados ou atrelados ao IPCA para quem pretende investir a médio e longo prazo. Entretanto, visando o não mediatismo do investimento, essa não é a melhor opção para quem busca retorno para um dinheiro de emergência.
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“O pré indexado à inflação não serve como reserva de emergência, somente para médio e longo prazo. É importante diferenciar a carteira de investimentos, em que o investidor pretende tomar riscos, da carteira de emergência”, diz Galvão.
CDBs x Tesouro Direto
De acordo com Galvão, uma das diferenças entre CDB e Tesouro é também que o CDB possui geralmente mais opções de prazos para investir em pouco tempo, como por exemplo de seis meses ou um ano, diferente do tesouro que hoje o prazo menor deve estar para 2024.
“O CDB traz a possibilidade de fazer investimentos a prazos menores de forma pré-fixada. Essa é a vantagem de pegar via banco”, conta.
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Mudanças na carteira
Hoje, a bolsa de valores está animada, segundo Christopher. “Se o investidor já estava planejando vender as ações dele que estão valorizadas, é possível aproveitar esse momento do mercado com as bolsas subindo para fazer essa alteração”, comenta.
Se a pessoa ainda está começando a pensar nessa mudança, para o especialista, o mais indicado é analisar o cenário para ver se compensa mesmo fazer alterações na carteira.