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Investimentos

Como funcionam os contratos de dólar futuro

Entenda como funciona o mercado futuro de dólar e saiba como comprar contratos cheios e minicontratos

Como funcionam os contratos de dólar futuro
Contas em dólar já podem ser abertas de forma fácil, rápida e acessível. (Fonte: Shutterstock)
O que este conteúdo fez por você?
  • Cada vez mais brasileiros procuram a bolsa de valores, que também negocia letras de crédito, fundos de investimento e dólares. Assim, a moeda estadunidense é negociada como uma commodity em contratos de dólar futuro

(Por Carlos Pegurski, especial para o E-Investidor) – Cada vez mais brasileiros procuram a bolsa de valores, que também negocia letras de crédito, fundos de investimento e dólares. Assim, a moeda estadunidense é negociada como uma commodity em contratos de dólar futuro. Mas, afinal, como isso funciona?

Conheça o funcionamento do dólar futuro e saiba como investir, quais são suas modalidades, como é o rendimento e quais as exigências para comprar títulos.

Entenda o mercado de dólar futuro

A previsão de tendências cambiais está no cerne do investimento em dólar futuro. (Fonte: Shutterstock)

Nessa modalidade, assume-se o compromisso de comprar ou vender um determinado volume de dólares mediante uma cotação previamente combinada. Por exemplo: se você compra dólares em um contrato de três meses e essa moeda se valoriza até lá, você terá adquirido a moeda por um preço menor do que o mercado estará remunerando. Assim, você compra barato e pode vender a moeda de imediato, caso deseje, sob a cotação precificada para cima, ganhando na operação.

Outra vantagem desse tipo de investimento é a liquidez: mesmo se tratando de um compromisso de compra ou venda futura, é possível negociar os títulos antes do prazo. Assim, se você decide interromper o negócio no meio do caminho, outra pessoa o assume de onde você parou, com um prazo reajustado.

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No entanto, há riscos. Você pode se beneficiar com a oscilação do dólar, mas o contrário também pode ocorrer. Quem apostou na valorização da moeda perderá dinheiro, já que terá que comprar um dólar mais caro que o corrente no mercado futuro.

Por isso, considere que se trata de um investimento para um perfil um pouco mais ousado e, sobretudo, para carteiras que admitem mais exposição. O dólar é estável e tende a se valorizar mais do que o real nos períodos de crise (razão pela qual muitas pessoas optam por assegurar seu patrimônio na moeda estrangeira), mas apostar na sua flutuação pode trazer perdas.

O que são contratos cheios ou minicontratos?

Os minicontratos permitem que pessoas físicas entrem no mercado de ações e apostem no dólar futuro. (Fonte: ESB Professional/Shutterstock)

Existem alguns tipos de investimento em dólar futuro: contrato cheio, índice ou minicontrato. Conheça mais sobre a diferença entre eles e qual combina melhor com seu perfil de aporte.

Contrato cheio

Em um contrato cheio de dólar futuro, você aporta uma determinada quantia e ganha ou perde em relação a ela de acordo com o comportamento da moeda até o vencimento do título. Mas, para isso, deve-se negociar no mínimo cinco lotes de US$ 50 mil, ou seja, é necessário investir cerca de R$ 1,3 milhão, na cotação atual.

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Índice

Também voltado a grandes investidores, sobretudo pessoas jurídicas, o contrato de dólar futuro por índice funciona com base na performance do Ibovespa (principal termômetro da B3) em certo período. Assim, vincula-se a cotação da moeda ao desempenho do Ibovespa e, nesse caso, em vez da cotação futura, aposta-se no desempenho da Bolsa de Valores brasileira.

Essa modalidade é mais acessível, mas ainda pesada para pessoas físicas: cada contrato é mensurado a R$ 75 mil e o lote padrão mínimo também é de cinco contratos, totalizando algo como R$ 375 mil.

Minicontratos

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Se você se assustou com o tamanho dos contratos, não foi o único. É por isso que, desde 2011, negocia-se o dólar futuro em lotes menores, chamados de minicontratos de dólar ou simplesmente minidólar. Nesse caso, pode-se negociar apenas um lote menor, de US$ 10 mil. Esse modelo ainda não é exatamente barato, mas é mais acessível, sobretudo por conta da alavancagem. E existem também mini-índices, em que se começa investindo cerca de R$ 14 mil para ter retorno por meio do Ibovespa.

O que é a alavancagem?

A alavancagem permite que outros títulos suportem uma aposta maximizada. (Fonte: Photogrin/Shutterstock)

Além desses minicontratos, mais baratos, existem uma outra forma de entrar no mercado financeiro sem contar com muito dinheiro em mãos. O mecanismo conhecido como alavancagem consiste em apostar dando, além de um valor mínimo (cerca de R$ 100 já são suficientes), garantias por meio de outros títulos, como ações e papéis do Tesouro. Isso garante que pessoas físicas façam apostas maiores, ainda que em um mesmo dia.

A alavancagem permite a entrada no mercado de dólar futuro, que tem boa liquidez, comprando e vendendo papéis em ações de day trade. Assim, é possível ganhar com a flutuação do câmbio em um valor maior que aquilo que se tem no bolso.

Como investir em dólar futuro?

Para investir em dólar futuro, deve-se ter uma conta em uma corretora financeira. (Fonte: TheCorgi/Shutterstock)

O primeiro passo é abrir uma conta em uma corretora do mercado financeiro, que permitirá a você o acesso a ele por meio de um home broker (um painel para manejar os ativos financeiros). Feito isso, é necessário saber navegar nesse ambiente.

Basicamente, as três primeiras letras se referirão a contratos cheios (DOL), minicontratos de dólar (WDO), índice (IND) e mini-indice (WIN). Na sequência, aparecem o mês e o ano de vencimento do título. Veja a lista com a letra correspondente de cada mês:

janeiro: F
fevereiro: G
março: H
abril: J
maio: K
junho: M
julho: N
agosto: Q
setembro: U
outubro: V
novembro: X
dezembro: Z

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Mas lembre-se de que, por envolver riscos, a decisão de investir em dólar futuro e em outras opções de renda variável devem fazer parte de uma carteira com outros ativos que trazem menos exposição.

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