O que este conteúdo fez por você?
- Dólar futuro pode ser comprado e vendido no mercado futuro em um procedimento realizado por meio de contratos
- Há duas formas de comprar dólar futuro: em contratos cheios (DOL) e em minicontratos ou minidólar futuro (WDOL)
- Há taxas envolvidas na operação de dólar futuro; portanto, antes de decidir investir vale considerar os custos que devem ser pagos
(Mellanie Novais, especial para o E-Investidor) – O dólar futuro pode causar estranhamento inicial, mas é uma opção atrativa de investimento quando a moeda está em alta.
A operação consiste em ganhar a partir da cotação em um determinado período: você compra os dólares hoje e faz a venda na data do vencimento, arcando com riscos e ganhos.
O que é dólar futuro?
O dólar serve como referência monetária mundial e é atualmente a moeda mais forte do mercado. Por esse motivo é considerada uma commodity financeira: um produto básico negociado nas Bolsas de Valores mundiais. No Brasil, essa operação é realizada pela B3 (a antiga Bovespa).
Como em qualquer commodity, esse tipo de investimento pode ser comprado e vendido no mercado futuro por meio de contratos. Sendo assim, o dólar futuro nada mais é do que a negociação de compra e de venda da moeda com datas pré-determinadas na aquisição.
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O objetivo é que no tempo entre o fechamento do contrato e sua execução, ocorra a valorização do dólar. Consequentemente, no dia do vencimento, isso faz com que o investidor tenha o lucro esperado com a operação.
Como funciona o dólar futuro?
Há duas formas de fazer a compra: em contratos cheios (DOL) e em minicontratos ou minidólar futuro (WDOL).
A diferença é que os cheios equivalem à negociação de US$ 50 mil e geralmente são comercializados em lotes padrão de 5 contratos, o que totaliza US$ 250 mil.
Já os mini podem ter preços equivalentes a um quinto de 1 DOL. Ou seja, se o dólar custar R$ 5 na data de vencimento do lote padrão do contrato cheio, o valor será de R$ 1,25 milhão. O lucro, no entanto, depende do valor pelo qual o investidor comprou o pacote.
Como o contrato cheio padrão movimenta valores robustos, o contrato mini foi criado para facilitar a negociação de pessoas físicas. Além disso, o investidor que opta por comprar o WDOL entra em uma operação rápida, fácil e de alta liquidez, podendo solicitar o resgate do dinheiro a qualquer momento (antes mesmo do fim do contrato).
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Em todos os casos, quando chega o momento da execução do contrato, se o valor do dólar for mais alto do que o contratado, o investidor tem lucro. Caso contrário, se a moeda tiver desvalorizado no período, deve arcar com o prejuízo.
O vencimento dos contratos de dólar futuro ocorre no primeiro dia útil de cada mês, conforme indicado pela Bolsa de Valores. Essa data é identificada a partir de códigos que correspondem ao ano e ao mês, conforme indicado:
Mês | Código |
Janeiro | F |
Fevereiro | G |
Março | H |
Abril | J |
Maio | K |
Junho | M |
Julho | N |
Agosto | Q |
Setembro | U |
Outubro | V |
Novembro | X |
Dezembro | Z |
Tabela dos dados disponibilizados pela B3 referentes à identificação do mês de vencimento de contratos futuros. (Fonte: B3)
Como operar dólar futuro?
Para operar o dólar é preciso entender quais são as estratégias utilizadas nesse tipo de negociação. Os contratos do investimento são realizados por home broker, um sistema ofertado por corretoras para conectar seus usuários ao “pregão eletrônico” do mercado de capital.
A negociação do contrato pode ocorrer também por meio da mesa de operações da corretora. Mas atenção: para operar é necessário ter conta em uma corretora de investimentos.
Esse tipo de ativo envolve uma margem de negociação, cerca de R$ 65 para o minidólar (ou minicontrato) e R$ 325 para os contratos cheios, valor que pode ser representado em dinheiro ou investimentos (CDB, ação, tesouro direto, etc.).
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Um detalhe relevante sobre como operar o dólar futuro é o fato de permitir alavancagem. Isso significa que é possível movimentar valores muito maiores do que efetivamente há na conta.
Outra estratégia comum é a do Day Trade, uma negociação do mercado financeiro de curtíssimo prazo cujo foco é obter o máximo de lucro possível a partir da oscilação de preços ao longo de um único dia. Nesse caso, investe-se no com o objetivo de lucrar com a alta das cotações naquele mesmo dia.
Por fim, outra forma de operar é investindo a longo prazo em contratos cheios, podendo mudar as posições conforme os movimentos do mercado. Ao investir dessa maneira, há maiores chances de lucratividade e proteção do patrimônio.
Depois de analisar as possibilidades de operação e escolher uma das opções, basta se certificar de que está tudo correto e enviar sua remessa de compra.
Quais são os custos para investir em dólar futuro?
Há taxas envolvidas na operação. Portanto, antes de fazer o investimento, vale considerar os custos que devem ser pagos:
- Taxa de corretagem — valor variável cobrado pela corretora de investimentos conforme a instituição escolhida para a negociação;
- Taxa de liquidação — taxa cobrada pela B3 para realização do registro, compensação, liquidação e gerenciamento de risco de operações das commodities em operações com dólar futuro;
- Taxa de permanência — direcionada à B3 como pagamento da geração e da atualização dos relatórios de suas posições na operação de dólar futuro;
- Taxas B3 — taxa prevista na venda antecipada do contrato em virtude do recolhimento de emolumentos e da taxa de registro da operação na B3.
Vale a pena investir em dólar futuro?
Dependendo da sua estratégia como investidor, vale a pena investir. Afinal, este é um mercado que costuma oferecer bastante lucratividade.
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Entretanto, é necessário entender que o segmento oferece riscos na mesma proporção. Isso significa que para realizar esse tipo de operação é fundamental ter conhecimento e acompanhar o mercado financeiro nacional e internacional.
Isso é importante porque as cotações do dólar mudam a todo momento, considerando que se trata de uma moeda que sofre pressões de todo o mundo. Também é preciso compreender em que posição a moeda nacional está frente ao dólar, pois é sua subvalorização que possibilita lucros.
Outra vantagem é o fato de servir para diversificar a carteira de investimentos e proporcionar um melhor equilíbrio aos rendimentos, especialmente se o mercado nacional passar por alguma crise ou um impacto significativo.