- O E-Investidor ouviu três instituições diferentes para comparação do cálculo: Yubb, Modalmais e Fiduc
- O valor deve ser alcançado em intervalos de 20 a 36 anos, segundo as projeções
- Foram comparados os rendimento da poupança, CDB, Tesouro, ações e fundos imobiliários
Quem não sonha com uma conta recheada com mais de sete dígitos? Para chegar a R$ 1 milhão, o caminho pode ser longo, mas especialistas em educação financeira dão dicas de como alcançar a quantia.
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É importante ressaltar que a diversificação da carteira respeitando o seu perfil de risco é essencial para alcançar metas e objetivos sem que haja impacto negativo no orçamento. Para fins comparativos, especialistas utilizaram projeções de tempo para alcançar o sonhado milhão com diferentes classes de ativos.
O E-Investidor ouviu três instituições diferentes para a comparação do cálculo. Fiduc e Modalmais avaliaram as principais classes de ativos e o tempo necessário para alcançar R$ 1 milhão com aportes mensais de R$ 1 mil. Já a Yubb considerou aplicações mensais de R$ 1,5 mil.
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Segundo os cálculos da Fiduc, feitos a partir de médias históricas e projeções, a poupança exige o maior tempo de aplicação, 36 anos e 3 meses, enquanto a Bolsa tem o menor tempo, de 21 anos e 10 meses.
Para o ModalMais, aplicações em ações podem demorar 34 anos e 5 meses para o alcance do milhão. Por outro lado, o investimento no Tesouro Selic durante 23 anos e 11 meses é capaz de chegar a R$ 1 milhão.
Conforme calculado pelo Yubb, considerando o valor inicial de R$ 1,5 mil e aportes mensais no mesmo valor, investidores podem chegar ao primeiro milhão aplicando por 27 anos e 11 meses em ações. O tempo mais curto seria aplicando em bitcoin, 2 anos e 1 mês, apesar de ser uma classe mais volátil.
Foram considerados os rendimentos do Tesouro Selic e Certificado de Depósito Bancário (CDB), que utilizam retornos baseados no CDI para o governo e bancos, respectivamente. Além disso, as instituições calcularam rendimento de ações baseadas no Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores brasileira. Para retorno dos fundos imobiliários, as empresas calcularam projeções a partir do IFIX, índice do mercado imobiliário brasileiro.
Aporte mensal de R$ 1 mil, pela Fiduc
Classe | Rendimento médio | Tempo |
Poupança | 4,20% |
36 anos e 3 meses
|
CDB/Tesouro | 6,00% |
30 anos e 5 meses
|
FII | 8,50% |
25 anos e 3 meses
|
Bolsa | 11,00% |
21 anos e 10 meses
|
Fonte: Fiduc |
Os cálculos foram realizados por Valter Police, head da Academia Fiduc. Ele destaca que os números foram estimados pelo que as classes devem render nos próximos anos, com base no histórico já apresentado. Police ressalta que o cálculo é comparativo e que os portfólio devem ser diversificados com equilíbrio entre as classes.
Aporte mensal de R$ 1 mil, pelo ModalMais
Classe | Rendimento médio | Tempo |
Ações | 4,64% |
34 anos e 5 meses
|
Poupança | 6,04% |
30 anos e 2 meses
|
FII | 8,09% |
25 anos e 10 meses
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CDB | 9,22% | 24 anos |
Tesouro SELIC | 9,25% |
23 anos e 11 meses
|
Fonte: ModalMais |
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Calculado por Patrícia Aiello, head comercial do Modalmais, os valores de rentabilidade ao ano de ações e de fundos imobiliários foram avaliados pela média do Ibovespa e do IFIX nos último dez e sete anos, respectivamente.
O retorno do CDB foi projetado pela média da rentabilidade ofertada pelo mercado.
Aiello chama atenção que, apesar do comparativo, é de extrema importância que o investidor compreenda o objetivo de cada classe. Ela explica que cada carteira deve ser dividida em ativos focados na reserva de emergência, na reserva de longo prazo ou aposentadoria e na reserva de construção de patrimônio.
“A primeira deve cobrir entre três a seis salários e precisa ter a possibilidade de resgatar imediatamente. Já a reserva focada no longo prazo pode ter prazos mais elevados como os Títulos do Tesouro com validade de até 30 anos. Na construção de patrimônio, focada em gastos com carro, viagem e intercâmbio, por exemplo, os investidores podem arriscar um pouco mais”, explica.
Aporte inicial de R$ 1,5 mil e aportes mensais de R$ 1,5 mil
Classe | Rendimento médio | Tempo |
Ações | 4,64% |
27 anos e 11 meses
|
Poupança | 6,10% |
24 anos e 7 meses
|
Tesouro SELIC | 9,25% |
20 anos e 3 meses
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CDB | 9,49% | 20 anos |
FII | 8,09% |
21 anos e 8 meses
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Bitcoin | 898% | 2 anos e 1 mês |
Fonte: Yubb |
Realizados por Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb, os cálculos foram feitos com base no histórico de preço dos ativos até terça-feira (4). O especialista ressalta que são projeções baseadas no histórico das classes, sem garantia de manutenção das mesmas médias históricas para o futuro.
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O rendimento da poupaça foi calculado pelo valor atual, assim como o CDB foi projetado pela média de rentabilidade. Pascowitch explica que o valor do retorno do Tesouro Selic foi calculado pela média dos últimos anos.
O rendimento da classe de ações é resultado do histórico dos últimos dez anos. Para Fundos Imobiliários, foi utilizada a média do IFIX dos últimos sete anos.
“Vale lembrar que dentro de IFIX e Ibovespa existe uma grande variedade de ativos e, consequentemente, alguns deles podem ter desempenho muito melhor. No geral, esse é o panorama. São aplicações para o longo prazo, exceto o bitcoin, que é um ativo muito mais recente do que os outros, além de ser muito mais volátil e arriscado. Não dá para colocarmos na mesma caixinha ou na mesma estratégia dos outros ativos”, explica.
Para o cálculo da rentabilidade do Bitcoin foi utilizada a média dos últimos nove anos.
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