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Conheça a criptomoeda Solana (SOL), que disparou 9.619% em 2021

Criada em abril de 2020, ela já figura entre os 10 maiores ativos digitais por capitalização de mercado

Conheça a criptomoeda Solana (SOL), que disparou 9.619% em 2021
Representação de criptomoedas (FOTO: Envato Elements - ArtRachen)
  • A Solana, assim como a Ethereum, busca ser a principal plataforma de contratos inteligentes
  • Uma das principais vantagens da rede Solana, avalia Nasser, é que a rede é escalável. Ou seja: tem condições para crescer de forma uniforme e suportar diversas transações ao mesmo tempo
  • Na visão de Alexandre Ludolf, diretor de investimento da QR Asset Management, o sucesso da rede Solana está vinculado ao sucesso das plataformas de smart contracts em geral

Obter uma valorização de 9.619,20% em menos de um ano não é para qualquer classe de ativos. Mas esse é o caso da criptomoeda da rede Solana, a SOL. Criada em abril de 2020, ela já figura entre os 10 maiores ativos digitais por capitalização de mercado, ocupando a 7ª posição, com um market cap de US$ 42,65 bilhões, o equivalente a R$ 229,24 bilhões.

Ray Nasser, especialista em criptomoedas da Inversa, explica que a Solana é uma boa iniciativa, criada por um time especializado. “O projeto entra como concorrente do Ethereum, chamado por muitos de ‘Ethereum killer’ (assassino do Ethereum). Igual ao ETH, é uma blockchain pública de contratos inteligentes programáveis – porém, com inovações tecnológicas significativas que resolvem muitos problemas que o ETH apresenta”, diz.

O que explica a alta da Solana

A Solana, assim como a Ethereum, busca ser a principal plataforma de contratos inteligentes. Os smart contracts, como também são conhecidos, são contratos eletrônicos cuja execução é autônoma, ou seja, independente de qualquer parte.

Na prática eles possibilitam uma série de aplicações que reproduzem serviços do mercado financeiro de forma descentralizada, como empréstimos, seguros e até mesmo bolsas de valores, tudo sem a interferência de terceiros.

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Os contratos inteligentes são a base para as aplicações de finanças descentralizadas (DeFi), um mercado que, segundo informações da plataforma Coinmaketcap, está avaliado em US$ $124,21 bilhões.

Uma das principais vantagens da rede Solana, avalia Nasser, é que a rede é escalável. Ou seja: tem condições para crescer de forma uniforme e suportar diversas transações ao mesmo tempo. “Além disso, é infinitamente mais barata que Ethereum. Hoje, a transação com o ETH está custando US$ 80 USD; com a Solana R$ 0,02. Além disso, a Solana também consegue atingir milhares de transações por segundo”, diz.

Na visão de Alexandre Ludolf, diretor de investimento da QR Asset Management, o sucesso da rede Solana está vinculado ao sucesso das plataformas de smart contracts em geral. “Desde o ano passado, os projetos de DeFi (finanças descentralizadas) estão ganhando cada vez mais tração, com exchanges descentralizadas e plataformas de empréstimo transacionando um volume cada vez maior”, diz.

A Solana é uma blockchain com taxas de transação baixas e uma capacidade de processamento extremamente elevada, explica Ludolf. Além disso, conta com o apoio de diversos players do mercado, dentre eles Sam Bankman-Fried, o fundador da enorme exchange FTX, que apoia e investe em diversos protocolos na rede.

Já André Franco, analista de criptoativos da Empiricus Research, cita outro motivo por trás da alta. Ele acredita em uma visão global de que, no futuro, o mundo será multichain, ou seja, contará com várias redes interligadas (como Solana e Ethereum) conversando entre si, com espaço para todas elas tomarem uma parte do mercado.

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“Essa alta vertiginosa da Solana se deve a duas coisas: à visão de que o mundo é multichain e aos próprios incentivos que a rede criou para novos protocolos se instalarem fazerem campanha, direta e indiretamente, por seu token SOL”, diz Franco.

História

Criada em 2017 por Anatoly Yakovenko, ex-desenvolvedor da Qualcomm e do Dropbox, a Solana é um projeto blockchain de código aberto que busca alavancar várias tecnologias inovadoras para alimentar a próxima geração de aplicativos descentralizados, os chamados dapps.

O projeto tem o objetivo de fornecer uma plataforma altamente escalável, segura e descentralizada ao máximo. Uma das principais características que diferenciam Solana de seus concorrentes é o seu sistema de consenso de Prova de Participação (PoS), que é bem mais eficiente em termos energéticos do que a mineração que utilizada pela rede do Bitcoin.

No caso da rede Solana (e de todas as redes que usam o mecanismo do PoS), usuários depositam suas SOL para se tornarem validadores da rede. No processo, eles desempenham um papel similar ao dos mineradores, sendo responsáveis por ordenar as transações e criar novos blocos na Blockchain, para que todos os participantes possam validar o estado da rede, assim como a sua confiabilidade. Assim, novas unidades da criptomoeda são geradas.

Segundo Orlando Telles, diretor de research da Mercurius Crypto, um dos grandes diferenciais da Solana é que ela elevou a prova de participação a um novo nível com o Proof of History, um algoritmo que visa justamente gerar a escalabilidade que a Solana apresenta. “A grande vantagem competitiva da Solana frente aos demais players do mercado é justamente sua grande capacidade de transações por segundo”, diz Telles.

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