- A Copel aprovou a reforma do seu Estatuto Social, que prevê uma nova política de dividendos e o lançamento de um programa da Units
- As mudanças que foram avaliadas como positivas pela XP Investimentos e o Goldman Sachs
- Os bancos, no entanto, divergem na recomendação para a ação. A XP tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 75. O Goldman tem indicação neutra, com valor de R$ 74
Em fato relevante divulgado nesta quarta-feira (20), a Copel (CPLE6) informou que seu Conselho de Administração aprovou o encaminhamento da proposta de reforma do Estatuto Social da empresa e também uma nova política de dividendos e programa de Units. A Copel ainda autorizou o lançamento de um programa de Units que será formado por cinco ativos, sendo 1 ordinário (CPLE3) e 4 preferências (CPLE6).
Com as alterações do Estatuto, a companhia vai garantir que não possa ser alterado ou excluído o atual dispositivo estatutário que obriga a aplicação integral de reajustes tarifários, homologados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sem que haja a aprovação da maioria dos acionistas detentores de ações preferenciais.
Já a nova política de dividendos busca proporcionar maior transparência e previsibilidade do fluxo de pagamentos de proventos aos acionistas, estabelecendo um limite máximo da sua alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda, buscando não ultrapassar um múltiplo de 2,7 vezes.
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Neste cenário, a XP Investimentos e o Goldman Sachs afirmam que têm uma visão positiva para as mudanças anunciadas pela empresa. Apesar disso, os bancos divergem na recomendação para as ações.
A XP tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 75 – potencial de alta de 15,15% em relação ao fechamento de quarta-feira(20). “Vemos como positiva a mensagem da companhia de que a distribuição de dividendos extraordinários em relação às reservas de lucros mencionada na carta do acionista controlador obedecerá os parâmetros da nova política de dividendos”, afirmam Gabriel Francisco e Maira Maldonado, analistas da XP.
O Goldman, por outro lado, tem indicação neutra, com preço-alvo em R$ 74, potencial de alta de 13,61% na mesma base de comparação. “Vemos espaço para melhorias na política no futuro, com a adoção de um patamar mínimo de alavancagem podendo ser positivo para a empresa. Entretanto, sabemos que isso pode criar riscos em seu balanço no caso de resultados negativos, uma vez que há limitações para estatais ao levantar capital”, dizem Pedro Manfredini e Flávia Sounis, analistas do Goldman Sachs.
A Copel (CPLE6) registra valorização de 0,08%, cotado a R$ 65,18, até às 11h20 desta quinta (21) – o Ibovespa cai 0,55%, aos 118.986,99 pontos, até o momento. Em janeiro, a ação tem baixa de 13,03%.
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