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Qual ação que mais paga dividendo? Preferenciais, Ordinárias ou Units? Descubra

Levantamento aponta que papéis PN são os maiores distribuidores de dividend yield por ativo

Qual ação que mais paga dividendo? Preferenciais, Ordinárias ou Units? Descubra
Veja quais são os setores mais resilientes quando o assunto é ação segura e as empresas mais sólidas para enfrentar uma eventual segunda onda de coronavírus. (FOTO: Olivier_Le_Moal)
  • As ações Preferenciais (PN) são as que mais pagam dividendos, com 1,84% por ação, diz levantamento da Economatica;
  • Os ativos Units e Ordinários (ON) pagam 1,72% e 0,63% de dividendos por ação, respectivamente;
  • Definição de cada classe das ações explica porque as PNs distribuem mais proventos que as demais;
  • Porém, especialistas ressaltam que há ativos ONs que possuem ótimos dividend yields.

A bolsa brasileira é composta por mais de 300 empresas e 350 ativos disponíveis para serem negociados. Estas ações são divididas em três classes, Ordinárias (ON), Preferenciais (PN) ou Units. Em meio a este universo tão grande de possibilidades, muitos investidores se encontram perdidos na hora de escolher quais papéis comprar para realizarem o sonho de viver de dividendos.

Por isso, a pedido do E-Investidor, a Economatica levantou qual a classe paga a maior taxa de dividend yield por papel. Nos últimos 12 meses (de novembro de 2019 ao de 2020), a campeã foi as ações PNs, com 1,84%, seguido por Units, 1,72%, e ONs, 0,63%.

Ações preferenciais pagam mais dividendo

As ações PNs, que terminam seu código, em sua maioria, com o número “4”, não dão voto aos seus acionistas dentro da empresa e compensam isso pagando mais dividendos. Já as Units, final “11”, funcionam como um pacote que possui, em média, um papel ordinário e quatro preferenciais da empresa.

Enquanto isso, os ativos ONs, que possuem o número “3”, têm como principal característica dar  o benefício de decisão dentro da empresa. Mas, em contrapartida, repassam em menor quantidade seu lucro aos seus investidores.

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Então, pela própria definição das classes, é possível entender porque as ações PNs são as melhores pagadoras de dividendos. “Enquanto uma paga mais proventos, a outra dá controle dentro da empresa. Então, o investidor deve escolher aquela que faz mais sentido na estratégia dele”, diz Paulo Cunha, sócio fundador da iHUB Investimentos.

Portanto, alguém que queira investir nas ações da Petrobras, por exemplo, e deseja receber o máximo de dividendos possível com a aplicação, deve fazer o aporte na PETR4 e não na PETR3. Outros exemplos de companhias com o par de ativos são Bradesco (BBDC3 e BBDC4), Itaú (ITUB3 e ITUB4) e Eletrobras (ELET3 e ELET6).

Os papéis Units do Ibovespa são BTG Pactual (BPAC11), Energisa (ENGI11), Klabin (KLBN11), Santander (SANB11), Taesa (TAEE11) e Sul América (SULA11). “Não temos muitas ações desta classes no mercado, mas todas elas são boas pagadoras de proventos”, afirma Bruno Madruga, sócio da Monte Bravo Investimentos.

Ações ONs também pagam bons dividendos

Apesar de no agregado as ações ordinárias pagarem o menor percentual de dividend yield por papel, isso não significa que todos os ativos ONs distribuem proventos baixos. Isso porque a maioria das empresas não possuem as duas classes de ações.

Dos 77 papéis do IBOV, 57 são Ordinários, 14 Preferenciais e seis Units. Ou seja, a amostragem das ações ONs é muito maior e a baixa distribuição da maioria dos ativos esconde o fato de haver boas pagadoras entre elas.

Como prova disso, os especialistas citam os papéis da BB Seguridade (BBSE3), Eletrobras (ELET3), B3 (B3SA3) e Cosan (CSAN3) que possuem um dos dividendos mais altos de 2020 e ressaltam o alto potencial de pagamento da Vale (VALE3) em 2021. “A classe não impede de pagar bons dividendos”, comenta Madruga.

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Assim, a recomendação é apenas olhar para a classe do ativo quando a companhia possui ambas e não deixar de comprar as ações ONs se a empresa é de setores que historicamente pagam bons proventos. “O segmento financeiro, elétrico, de distribuição de energia e de saneamento básico distribuem muito bem, pois o investimento na área é baixo e todo o lucro vai para os acionistas”, afirma Cunha.

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