

A mineradora Vale (VALE3) distribui proventos a seus acionistas nesta quarta-feira (3), um mês após a divulgação de seu balanço trimestral. O valor pago é, inclusive, o maior desta semana: R$ 1,8954 por papel ordinário.
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A mineradora Vale (VALE3) distribui proventos a seus acionistas nesta quarta-feira (3), um mês após a divulgação de seu balanço trimestral. O valor pago é, inclusive, o maior desta semana: R$ 1,8954 por papel ordinário.
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Todas as ações pagarão o provento da modalidade ‘juros sobre capital próprio‘ (JCP), com data de corte em 12 de agosto deste ano. Dessa forma, quem adquiriu ações depois deste dia, deverá aguardar até o próximo pagamento para receber proventos.
Os dividendos pagos por empresas são isentos da cobrança de Imposto de Renda (IR), enquanto os JCPs sofrem uma alíquota de 15% no IR. Empresas listadas na Bolsa brasileira são obrigadas a distribuir proventos a seus acionistas, assim como fez o BTG Pactual, a cada exercício social, por força da Lei 6.404 de 1976, chamada ‘lei dos dividendos’.
O pagamento aos acionistas da mineradora acontece algumas semanas após a empresa divulgar o seu balanço do segundo trimestre de 2025 – que gerou reações mistas no mercado sobre se vale a pena comprar as ações da Vale.
Enquanto os resultados foram surpreendentes, por exemplo, o lucro líquido da empresa de US$ 2,117 bilhões que superou em 41% das estimativas do mercado, o preço do minério de ferro pesa para a companhia e preocupa os especialistas.
“Reiteramos nossa recomendação Neutra, diante de uma perspectiva relativamente mais cautelosa para os preços do minério de ferro”, escreveram os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernando Urbano em relatório da XP Investimentos.
A XP avalia que os resultados da Vale vieram ligeiramente melhores, com destaque para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado de US$ 3,4 bilhões.
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O volume supera em 4% as estimativas da corretora e em 7% o consenso de mercado. A XP destacou ainda a redução anual de 5% nos custos do cobre e as melhorias na eficiência de custos em soluções de minério de ferro. Mesmo com os avanços positivos, a corretora não recomenda a compra do papel.
A Ativa Investimentos também tem uma visão similar. Em relatório, a corretora classificou os resultados da Vale (VALE3) como ‘ok’ e destacou proventos superiores ao esperado, a capacidade de ampliar a sua flexibilidade para acelerar seu programa de recompras e a revisão para baixo do guidance (projeções) dos seus custos no segmento de cobre. No entanto, ainda permanecem cautelosos com a companhia.
Já o Citi vai na direção contrária: recomenda a compra dos American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) e avalia que o Ebitda ajustado de superou as expectativas do banco, assim como os proventos que vieram 9% acima das estimativas do banco.
O Safra também faz parte do grupos dos ‘otimistas’ com a Vale. O banco de investimentos classificou como ‘positiva’ o balanço do segundo trimestre da mineradora devido à geração de fluxo de caixa livre (FCF) e ao Ebitda acima do consenso.
Bradesco (BBDC3) – JCP
Bradesco (BBDC4) – JCP
Banestes (BEES3) – JCP
Banestes (BEES4) – JCP
Itaú Unibanco (ITUB3) – JCP
Itaú Unibanco (ITUB4) – JCP
Vulcabras (VULC3) – Dividendos
Allos (ALOS3) – Dividendos
Schulz (SHUL4) – JCP
Trevisa (LUXM3) – Dividendos
Trevisa (LUXM4) – Dividendos
Mitre Realty (MTRE3) – Dividendos
Vale (VALE3) – JCP
Regularmente, empresas listadas na Bolsa de Valores remuneram seus acionistas, desde os majoritários até aqueles que detêm poucos papéis, com parte dos seu lucro. Assim, investidores adotam a estratégia de acumular ações de empresas que, em algum momento, vão remunerá-los com dividendos e JCP.
Essa estratégia se tornou popular entre grandes investidores de renda variável, a exemplo de Luiz Barsi Filho, o maior investidor pessoa física da B3 – veja nesta reportagem o tamanho da fortuna dele.
Assim, a distribuição de dividendos se tornou um dos critérios mais considerados pelo investidor ao decidir comprar ações. Além de se tornar dono de um pedacinho da empresa, o investidor tem a possibilidade de obter uma renda extra. Veja aqui como funciona a estratégia de construir uma carteira de ações com foco em dividendos.
O primeiro passo para investir em dividendos é analisar a taxa de remuneração do ativo escolhido. O dividend yield (rendimento de dividendos) é o indicador que resulta da relação entre o preço do investimento e os proventos que ele gera.
Por exemplo, se a ação de uma empresa custa R$ 10 na Bolsa de Valores e distribui R$ 1 por ano aos seus acionistas, o dividend yield será de 10%. Na prática, quanto maior esse indicador, maior será o valor distribuído pela empresa aos seus investidores.
Essa métrica é essencial para ajudar o investidor a identificar quais empresas oferecem os maiores retornos em forma de dividendos. No entanto, é importante estar atento às flutuações nesse índice, já que ele está diretamente relacionado à variação das cotações dos ativos.
Para aprender mais sobre como investir em ações que pagam dividendos e viver dessa fonte de renda, confira a reportagem completa.
*Colaborou: Daniel Rocha
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