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Dólar a R$ 5 em 2024? Projeções apontam até onde a moeda pode subir

As projeções apontam que a divisa poderá ultrapassar a barreira dos R$ 5 neste ano

Dólar a R$ 5 em 2024? Projeções apontam até onde a moeda pode subir
Investidores podem investir em dólar a partir de investimentos dentro e fora do Brasil (Fonte: Shutterstock)
  • A moeda norte-americana encerrou 2023 com desvalorização acumulada, mas há projeções que indicam que a divisa poderá se valorizar em 2024, negociada na casa dos R$ 5

Proteção cambial, diversificação na carteira e redução do risco Brasil. Investir em dólar traz algumas vantagens aos investidores brasileiros, além da possibilidade de lucro pela valorização frente ao real. Projeções de casas de análise e investimentos veem a moeda norte-americana acima de R$ 5 ao final de 2024.

Nesta segunda-feira (15), o dólar à vista encerrou negociado a R$ 4,87, em alta de 0,16%. Em algumas estimativas, a moeda chegaria a R$ 5,30, conforme projeção do C6 Bank. Mas há também quem veja a moeda recuando para R$ 4,80, como o BTG Pactual.

Em 2023, a moeda reportou o pior desempenho em termos de retorno entre 11 tipos de investimento no Brasil, com uma desvalorização acumulada de 7,2% – ou 10,8% se considerar o peso da inflação. “Um dos grandes motivos da queda no ano passado foi a valorização do real, uma política muito forte do Banco Central em relação a segurar a inflação”, explica Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos. Além disso, o início do corte da taxa básica de juros, a Selic, no Brasil também pesou contra a divisa, segundo ele.

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Dados do último boletim Focus mostram que a mediana das projeções para o dólar em 2024 é de R$ 4,95. Para 2025, a estimativa é de R$ 5. Outras casas consultadas pelo E-Investidor também projetam o preço da moeda acima dos R$ 5 ao final deste ano. Veja o quadro abaixo.

Cohen projeta um preço de R$ 4,84 ao fim de 2024 e diz que, considerando um cenário de melhora da situação macroeconômica do Brasil, a moeda continuará caindo frente ao real. Embora não considere o melhor momento para se expor à divisa, ele diz que vale a pena o investimento gradativo. “É sempre bom ter dólar porque se acontecer alguma eventualidade, e em geral essas coisas acontecem de tempos em tempos, o dólar sobe e o investidor estará protegido da desvalorização do real frente ao dólar e às outras moedas”, diz Coehen.

Larissa Frias, planejadora financeira do C6 Bank, vê um período de valorização à frente para o dólar. A instituição financeira projeta um preço de R$ 5,30 no final de 2024. “Os dois principais motivadores para essa projeção são a queda do diferencial de juros entre Brasil e EUA, e a nossa projeção de crescimento da dívida aqui no Brasil, que faz com que o risco fiscal aumente e pressione também o câmbio”, diz Frias.

Para ela, continua sendo um bom momento para montar posição também fora do Brasil, considerando não só o curto e médio prazo, mas também períodos longos. “Diversificação global é importante para qualquer portfólio porque, abrindo o leque de investimentos fora do Brasil, o investidor encontra opções que não tem aqui, diversifica o risco geográfico, e tem outras opções de rendimentos”, diz Frias.

Como investir em dólar?

Existem diferentes veículos que oferecem exposição ao dólar, que vão desde comprar a moeda até investir fora do Brasil. Antes de qualquer indicação, o investidor precisa ter em mente que o dólar consiste em uma aplicação de risco, dada a volatilidade da moeda. Portanto, é preciso saber se o perfil do investidor suporta a flutuação de preço da moeda.

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Como exemplo de alternativa com mais segurança, Cohen cita títulos de renda fixa norte-americana, ainda que tenham retornos menores. Com um pouco mais de risco, é possível investir em algum fundo de dólar ou buscar BDRs, recibos negociados no Brasil que espelham ações de empresas listadas nos EUA. O analista CNPI também destaca os Reits, fundos imobiliários norte-americanos, e criptoativos como o bitcoin. “Só que é importante estar ciente que nenhum deles é o investimento mais seguro”, frisa Cohen.

Frias, do C6, acrescenta que os interessados, além do perfil, precisam entender bem os objetivos para se atentar aos prazos das aplicações. Os mais longos costumam ter rentabilidades mais interessantes. À lista de possibilidades de aplicação doméstica, ele cita os ETFs, que são fundos que replicam índices do exterior, como o S&P 500.

“Todas essas opções são mais práticas porque o investidor não precisa abrir uma conta no exterior para acessar o investimento fora do Brasil”, explica Frias. “Geralmente têm custo menor, mas são mais limitadas.”

Para quem pretende montar uma carteira mais sofisticada, com acesso a mais opções de investimento do que os veículos locais, Frias explica que é preciso buscar uma instituição fora do Brasil. “Procure uma corretora ou banco que ofereça essa possibilidade de investimento no exterior para se inteirar sobre todos os custos, como é que funciona cada tipo de estrutura”, afirma Frias.

Cravar um valor para o câmbio é uma tarefa desafiadora, dada a sensibilidade que as moedas respondem aos fotos. Mas é consenso que, mesmo com diversas incertezas no radar, a melhor alternativa é ter alguma parcela de dólar na carteira, seja para proteção ou alguma possibilidade de lucro.

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