Investimentos

Índice inclui 10 empresas da B3 e mostra avanço na diversidade de gênero

Número de companhias com pelo menos uma mulher no Conselho de Administração atingiu a marca inédita de 68%

Companhias elegem mais mulheres para cargos de administração. (Foto: Envato)
  • A Teva Indices rebalanceou a composição do índice Teva Mulheres na Liderança, incluindo 10 novas companhias na carteira do ETF ELAS11
  • Segundo a Teva, a empresa com maior avanço em diversidade foi o Grupo Carrefour/Atacadão (CRFB3)
  • A empresa destaca a eleição de mais mulheres para cargos de administração, mas mostra que igualdade ainda está longe de ser alcançada

A Teva Indices rebalanceou a composição do índice Teva Mulheres na Liderança, que seleciona as companhias com maior participação feminina em sua governança. O índice é replicado pelo ETF (Exchange Traded Fund, fundo atrelado a um índice de referência) ELAS11, lançado em março deste ano na B3, que contará a partir deste mês com dez novas companhias na carteira.

As novas empresas são Equatorial Energia (EQTL3), Grupo Carrefour/Atacadão (CRFB3), Caixa Seguridades (CXSE3), São Martinho (SMTO3), Copasa (CSMG3), Zamp (BKBR3), Mills (MILS3), Camil Alimentos (CAML3), Blau Farmacêutica (BLAU3) e Guararapes Confecções (GUAR3). Cada empresa recebe uma nota (score) que representa a diversidade de gênero em seu quadro de colaboradores.

Segundo a Teva, empresa especializada na criação de índices para ETFs e ESG (sigla para meio ambiente, social e governança, em inglês), nas alterações de julho e outubro a empresa com maior ganho de pontuação foi o Grupo Carrefour/Atacadão (CRFB3), com um aumento de 6,23 para 28,12 pontos no score. No período, o Carrefour elegeu quatro mulheres nos colegiados de liderança e três mulheres para o Conselho de Administração.

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Por se tratar de um fundo de índice focado na diversidade de gênero, a adição de novas ações na carteira mostra que as companhias listadas na B3 estão avançando nesta pauta. O número de companhias com pelo menos uma mulher no Conselho de Administração atingiu a marca inédita de 68%. Uma evolução, considerando que em 2020 esse número era de 56% e em 2016, de apenas 36%, informa a Teva.

O mesmo avanço, no entanto, não foi observado nos demais colegiados de liderança. O número de empresas listadas na B3 sem nenhuma mulher em órgãos como diretorias, conselhos fiscais e comitês de auditoria ainda somam 56%.

A igualdade de gênero ainda está longe de ser atingida. De julho a outubro, o Score Teva Mulheres da Liderança médio das empresas elegíveis subiu de 22,7 para 23,1, distante do score 50, que representa igualdade na quantidade de homens e mulheres em cargos de liderança nas companhias brasileiras.

A partir de 2023, a B3 vai exigir que companhias listadas elejam pelo menos uma mulher e um integrante de minorias em cargos de liderança; as que não incluírem mais diversidade nos conselhos vão precisar explicar os motivos. Veja detalhes.