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Multinacional lança captação de recursos em plataforma de crowdfunding; vale a pena investir na modalidade?

Para investidores, é uma oportunidade de diversificar seus portfólios e investir em empresas com potencial de crescimento

Multinacional lança captação de recursos em plataforma de crowdfunding; vale a pena investir na modalidade?
Warren Buffett dá 3 dicas valiosas para investimentos e uma vida de sucesso. Foto: Envato Elements
  • Para criar uma plataforma de equity crowdfunding, é necessário adquirir códigos fontes de uma plataforma já aprovada pela CVM
  • Benefícios para startups incluem acesso a uma ampla base de investidores, visibilidade e suporte comunitário
  • Mas há alta taxa de falência das startups e menor liquidez

O FCJ Group, multinacional de inovação aberta da América Latina, está lançando sua primeira captação de recursos por meio da plataforma de crowdfunding InvestPlus. O objetivo, segundo o grupo, é expandir suas operações na América Latina e promover o modelo de equity crowdfunding no Brasil, que tem amadurecido nos últimos anos.

O equity crowdfunding é uma forma de captação de recursos voltada para startups e pequenas empresas, e é semelhante ao financiamento coletivo tradicional. Em vez de receber brindes ou benefícios pelo investimento, os participantes ficam com participação acionária na empresa.

“Isso significa que, ao investir, eles se tornam sócios da startup, têm direito a uma parte dos lucros e, potencialmente, à valorização da empresa. O processo ocorre por meio de plataformas especializadas, que conectam empreendedores a um grande número de investidores interessados em financiar novos projetos”, explica o especialista em investimentos Gabriel Barros.

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Para criar uma plataforma de equity crowdfunding é preciso adquirir códigos fontes de uma plataforma já aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No caso do FCJ, diz a empresa, a nova plataforma foi autorizada pela CVM em novembro de 2021. Para separar juridicamente as operações, o FCJ Group optou por não ter startups diretamente vinculadas à holding.

Em vez disso, a participação acionária é distribuída entre 50 Corporate Venture Builders, que controlam mais de 300 startups. Um desafio importante é incentivar essas startups a considerar o crowdfunding como uma opção de captação e sensibilizar investidores sobre esse tipo de investimento.

Segundo o FCJ, o modelo de Corporate Venture Builder, baseado em Open Venture Builder, desenvolve startups existentes e as conecta com empresas, ao invés de criá-las do zero. Esse modelo é complementar ao Venture Capital, que investe financeiramente nas startups. Enquanto o Venture Capital busca valorização financeira, o grupo explica que o Venture Builder atua como um cofundador estratégico, oferecendo conhecimento, networking, acesso ao mercado e governança.

Para investir, interessados devem acessar a plataforma InvestPlus.

Equity crowdfunding vale a pena?

Para os investidores, o equity crowdfunding é uma oportunidade de diversificar seus portfólios e investir em empresas com potencial de crescimento, geralmente com um investimento inicial menor do que o exigido em investimentos tradicionais, conforme o consultor financeiro Tiago Martins. Além disso, em muitos países, como o Brasil, a modalidade é regulamentada por entidades governamentais para garantir transparência e proteger os investidores.

Entre os benefícios para startups, explica Martins, estão o acesso a uma ampla base de investidores, maior visibilidade e o suporte de uma comunidade engajada. Para os investidores, há o potencial para retornos significativos se a startup for bem-sucedida, além da oportunidade de apoiar empresas inovadoras desde o início.

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“Mas o modelo apresenta o risco elevado de falência das startups, o que pode resultar na perda total do capital investido. Além disso, os investimentos em equity crowdfunding podem ser menos líquidos, dificultando a venda de ações antes que a empresa se torne pública ou seja adquirida”, diz.

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