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ETFs são boa opção para gestão ativa de risco, diz Morgan Stanley

Além de serem interessantes para a gestão da carteira, os fundos passivos ainda são "opções de baixo custo"

ETFs são boa opção para gestão ativa de risco, diz Morgan Stanley
Fonte: Shutterstock/Kavaleuskaya Aksana/Reprodução

(Bruna Camargo) – Os fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês) são boa opção para alocadores realizarem a gestão ativa do risco da carteira e ainda são eficientes, por conta do custo baixo. A avaliação é de William Gambardella, chefe global para Clientes e Soluções de Impacto do Morgan Stanley.

Gambardella lembra que os ETFs são considerados um tipo de investimento passivo, uma vez que se trata de uma carteira teórica que acompanha um índice de referência. Porém, se ao montar seu portfólio o investidor está analisando e tomando decisões ativamente, esse embate entre estratégias ativas e passivas não deveria ser tema de discussão, segundo o executivo.

“Do ponto de vista da alocação, são apostas ativas”, afirmou Gambardella, durante participação em painel no evento “2022 Latin America Virtual Forum”, promovido pela BlackRock nesta terça-feira. “Pesquisas acadêmicas indicam que a alocação de ativos será responsável por algo entre 80% e 85% da volatilidade do portfólio”, disse o executivo. Ele acrescentou que além de serem interessantes para a gestão ativa do risco da carteira, os fundos passivos ainda são “opções de baixo custo” que, portanto, deixam o portfólio eficiente.

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Nicolás Gómez, chefe de ETFs e Investimentos de Índices e Desenvolvimento de Produtos para a América Latina da BlackRock, ainda destacou o crescimento dos ETFs na região e indicou as forças motrizes que impulsionam esses ativos: a internacionalização dos portfólios, a diversificação e a busca por liquidez por parte dos investidores institucionais.

“Este ano dolorosamente nos lembrou que sempre haverá eventos globais de risco sistêmico aos quais estaremos expostos. No entanto, também há risco com eventos locais. Muitos países da América têm eleições neste ano”, observa Luzi Sommer, chefe do Grupo Consultivo de Portfólio Internacional da UBS. Para Sommer, dos dois lados, os riscos podem ser mitigados pela diversificação.

Para Renato Eid Tucci, chefe de Estratégias Indexadas e Integração ESG da Itaú Asset Management, essa diversificação vem por diferentes classes de ativos e geografias, por exemplo. “Supre o que falta nos portfólios”, afirma. Tucci acrescenta que é importante avaliar o quanto a exposição internacional pode impactar uma carteira de investimentos – no Brasil, ele cita, a atual valorização do real ante o dólar poderia desanimar os investidores que estão olhando para fora do país. “Mas é preciso pensar nas estratégias para o longo prazo”, defende.