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Investimentos

Ágora troca um único fundo imobiliário da carteira; veja os 8 selecionados

Corretora aponta também o cenário para os FIIs com aumento da percepção de risco

Ágora troca um único fundo imobiliário da carteira; veja os 8 selecionados
Confira quais são os FIIs preferidos da Ágora para junho. Foto: Adobe Stock

A Ágora Investimentos realizou apenas uma mudança em sua carteira recomendada de fundos de investimento imobiliário (FIIs) para junho. A corretora retirou as cotas do Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), acrescentando no lugar o REC Recebíveis Imobiliários (RECR11), com 15% de peso no portfólio.

O mês de maio foi, mais uma vez, fraco para o IFIX (índice de referência de FIIs da B3), que acumulou uma leve valorização de 0,02% no período e praticamente não se moveu. Em abril, o indicador havia sofrido sua primeira queda do ano, ao recuar 0,77%. Ao longo de 2024, no entanto, o IFIX tem retorno acumulado de 1,43% até agora, contra uma desvalorização de 10% do Ibovespa no mesmo período.

A Ágora leva em conta um período de medição diferente para analisar a composição de sua carteira, sempre publicada no quinto dia útil do mês. Desde a divulgação do último relatório da corretora, no dia 8 de maio, até esta sexta-feira (7), o IFIX acumulou desvalorização de 1,16%. A carteira da casa, mais exposta aos fundos de tijolos, registrou desempenho inferior, com perdas de 2,56%.

Em 2024, pela análise da Ágora, o IFIX apresenta ganhos de 0,96% (com base no intervalo de medição entre o quinto dia útil de 2024 até o momento), enquanto a carteira da corretora registra queda de 1,28%. “Em ambos os casos, o desempenho acumulado é inferior à valorização do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) no período, em reflexo de um cenário mais adverso”, afirma o time de análise da casa.

Cenário de 2024 para os fundos imobiliários

Os especialistas acreditam que a piora na percepção de risco local continua impactando a precificação dos fundos. Vale lembrar que maio foi um mês marcado pela redução do ritmo de cortes da Selic no Brasil, após a Comitê de Política Monetária (Copom) diminuir a taxa básica de juros brasileira em 0,25 ponto porcentual (p.p.), não em 0,5 p.p. como vinha sendo observado. Com isso, as últimas edições do Boletim Focus passaram a trazer revisões para cima nas projeções para a Selic, estimando uma taxa de juros de 10,25% ao final deste ano, acima do patamar de 9% esperado anteriormente.

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Por outro lado, a Ágora considera que os rendimentos pagos pelos fundos estão estáveis, com um prêmio crescente entre o dividend yield (porcentagem do dividendo pago por um FII em relação ao preço de sua cota) médio do IFIX, de 10,74%, e os rendimentos reais dos títulos do Tesouro IPCA+, com vencimentos em 2035. “Na nossa opinião, isso deveria manter a atratividade dessa classe ao longo dos próximos meses, ou pelo menos servir como um amortecedor para quedas maiores caso o cenário permaneça conturbado por mais tempo”, destaca a casa.

Em relação às classes de FIIs, assim como aconteceu em abril, novamente foram os fundos de papel (responsáveis por 46,2% da composição do IFIX) que melhor se comportaram, ainda que tenham registrado uma leve desvalorização média de 0,36% no período, contra uma perda média de 1,54% entre os fundos de tijolos.

O que aconteceu com a carteira de FIIs da Ágora

Dentro da carteira recomendada da Ágora, o Kinea Fundo de Fundos (KFOF11) teve a maior contribuição negativa para o desempenho do portfólio no período, com uma queda de 0,85% enquanto o CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) foi o único ativo da carteira que apresentou ganhos ao longo do último mês, após registrar uma valorização de 0,27% no período.

“A boa notícia, no entanto, é que o KFOF11 acabou de passar por uma rodada de captação junto aos investidores, cujos valores ainda não foram inteiramente alocados, o que pode abrir espaços para que o gestor capture ganhos relacionados às distorções geradas pelas quedas recentes da maioria dos FIIs”, pontua a corretora.

A entrada do RECR11 na carteira da Ágora reflete a estratégia da casa em elevar a exposição do seu portfólio aos fundos de papel. Se o cenário de Selic mais alta por mais tempo se concretizar, a corretora acredita que os investidores aumentariam o apetite a FIIs de papel e poderiam até mesmo pagar algum prêmio adicional pelo fundo.

Confira a carteira completa de FIIs sugerida pela Ágora para junho

FIIs recomendados
HGCR11 – CSHG Recebíveis Imobiliários
RECR11 – REC Recebíveis Imobiliários
KNRI11 – Kinea Renda Imobiliária
VISC11 – Vinci Shopping Center
HGBS11 – Hedge Brasil Shopping
KFOF11 – Fundo Imobiliário Kinea
HGLG11 – CSHG Logística
PVBI11 – VBI Prime Properties